Gabigol e MC Gui, além de outros envolvidos, foram encaminhados para prestar esclarecimentos na Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, no Centro de São Paulo. Elas assinaram termo circunstanciado e foram liberados.
Por Redação - de São Paulo
O atacante Gabigol, do Flamengo, trocou a bola por caras, dados e caça-níqueis e acabou preso, na madrugada deste domingo. O atacante rubro-negro foi flagrado em um cassino clandestino na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo, durante a operação de uma força-tarefa contra aglomerações durante a pandemia de covid-19. Cerca de 200 pessoas estavam no local, incluindo o cantor de funk MC Gui.
Gabigol e MC Gui, além de outros envolvidos, foram encaminhados para prestar esclarecimentos na Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, no Centro de São Paulo. Elas assinaram termo circunstanciado, comprometendo-se a prestar esclarecimentos depois, e foram liberados.
Um dos coordenadores da operação, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves afirma que foi a quarta noite seguida de operações na cidade. O policial descreveu Gabigol como “arrogante”. Ele tentou se esconder com panos na cabeça, atrás de moças e embaixo de uma mesa, no camarote de luxo. Eles estavam de máscara, ao menos na hora da abordagem policial.
Cassino
Procurado, o Flamengo informou que o grupo principal tem reapresentação marcada para a manhã desta segunda-feira, no Ninho do Urubu. Ainda não decidiu se o atacante terá algum tratamento diferente após o episódio.
Vice-presidente jurídico do clube, Rodrigo Dunshee de Abranches disse a jornalistas que Gabigol não será multado por se tratar de "assunto pessoal dele. Não viola qualquer vínculo contratual com o Flamengo. Aguardamos Gabriel na representação e torcemos que tenha um grande de ano".
Em entrevista à imprensa, Eduardo Brotero, delegado de polícia e supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos, explicou que a ação visava combater aglomerações clandestinas, mas encontraram um cassino clandestino no local. O cassino clandestino está registrado como Associação Monte Carlo Poker Club, que poderia funcionar caso sua atuação na prática fosse condizente com seu propósito principal.
Aglomeração
À polícia, denunciantes informaram que o local funcionava há algum tempo e que foram gastos mais de 8 milhões com as instalações de luxo. Muitos dos que estavam no cassino não usavam máscara, ou a vestiam de forma errada.
— Chegando no local, pra nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio — concluiu Brotero.