O mandato brasileiro no G20 terá três prioridades: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas; além da defesa da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.
Por Redação, com ABr - de Nova Délhi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, neste domingo, a Presidência do G20, durante o encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do grupo, que ocorre na capital da Índia. Durante a cerimônia, a liderança do bloco foi transmitida do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para Lula.
O mandato brasileiro no G20 terá três prioridades: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; além da defesa da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.
— Todas essas prioridades estão contidas no lema da presidência brasileira, que diz ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’ — disse Lula, durante discurso no encerramento do encontro.
Ciclone
O presidente brasileiro anunciou, ainda, que serão criadas duas forças-tarefas: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
O presidente brasileiro lembrou a tragédia no Rio Grande do Sul em decorrência da passagem de um ciclone extratropical. De acordo com o último balanço, divulgado na véspera, o Estado contabiliza 41 mortes e 46 pessoas permanecem desaparecidas. São 88 municípios em estado de calamidade pública.
— Isso nos chama a atenção porque fenômenos como esse têm acontecido nos mais diferentes lugares do nosso planeta — observou.
Na véspera, durante discurso em outra etapa da cúpula, Lula cobrou recursos de países ricos contra aquecimento global.
— A natureza continua dando demonstração de que nós precisamos cuidar dela com muito mais carinho — acrescentou.
África
O G20 reúne 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia. A União Africana também tornou-se membro permanente durante a cúpula na Índia.
— Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos. Agir para combater a mudança do clima exige vontade política e determinação dos governantes, e também recursos e transferência de tecnologia — resumiu Lula.