Durante a homilia da missa, o líder católico pediu a deposição "das armas do ódio e da vingança para poder abraçar a oração e a caridade, superando as antipatias e as aversões que, com os anos, se tornaram crônicas e correm o risco de opor tribos e etnias".
Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano
Em seu último compromisso oficial no Sudão do Sul, o papa Francisco pediu a paz para a África e a para a Ucrânia durante a missa e o Angelus realizados neste domingo em Juba. A cerimônia reuniu mais de 100 mil pessoas segundo as autoridades locais.
Durante a homilia da missa, o líder católico pediu a deposição "das armas do ódio e da vingança para poder abraçar a oração e a caridade, superando as antipatias e as aversões que, com os anos, se tornaram crônicas e correm o risco de opor tribos e etnias".
– Aprendamos a colocar nas feridas o sal do perdão, que queima, mas cura. E, mesmo que o coração sangre pelos problemas recebidos, renunciemos de uma vez por toda a responder o mal com o mal - e estaremos bem dentro de nós – acrescentou.
Após o fim da missa, o papa Francisco realizou o tradicional Angelus e fez pedidos mais específicos de paz. "Confio à Maria a causa da paz no Sudão do Sul e em todo o continente africano. À Nossa Senhora, confio também a paz no mundo, em particular, nos numerosos países em guerra, como na martirizada Ucrânia", pontuou.
Visita ao Sudão do Sul
Citando o líder da Igreja Anglicana, Justin Welby, e o moderador da Igreja da Escócia, Iain Greenshields, que também fizeram parte da visita ao Sudão do Sul de maneira conjunta com o pontífice, Francisco disse que "os três voltarão (para seus países) levando vocês em nossos corações".
– Repito: vocês estão no meu coração, nos nossos corações e nos corações dos cristãos de todo o mundo. Nunca percam a esperança e não percam a oportunidade de construir a paz. A esperança e a paz cheguem até vocês – finalizou.
A viagem de Jorge Mario Bergoglio ao Sudão do Sul começou no dia 3 e, em diversas celebrações e eventos com autoridades políticas e religiosas, o líder católico cobrou que o processo de paz seja levado adiante de maneira séria e que a paz volte para o país mais jovem do mundo.