Francisco explicou os motivos de ter cancelado sua viagem para Dubai, onde participaria da 28ª edição da Conferência Anual da ONU sobre o Clima, a COP28, que foi aberta nesta quinta-feira e acontecerá até o próximo dia 12 de dezembro.
Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco disse nesta quinta-feira que "graças a Deus a doença que sofre não é pneumonia", mas sim "uma bronquite infecciosa muito aguda", embora já não tenha febre e continue o tratamento com antibióticos.
O Pontífice informou sobre seu estado de saúde durante audiência, no Vaticano, com os participantes do seminário "Ética na gestão da saúde".
– Como podem ver, estou vivo – inicia ele no breve discurso proferido em espanhol.
Na sequência, Francisco explicou os motivos de ter cancelado sua viagem para Dubai, onde participaria da 28ª edição da Conferência Anual da ONU sobre o Clima, a COP28, que foi aberta nesta quinta-feira e acontecerá até o próximo dia 12 de dezembro.
– O médico não me deixou ir a Dubai. A razão é que lá faz muito calor e se passa do calor para o ar condicionado. E isto nesta situação bronquial, não é conveniente – explicou ele.
– Graças a Deus não foi pneumonia. É bronquite infecciosa muito aguda. Não tenho mais febre, mas continuo tomando antibiótico e coisas assim – acrescentou.
Vaticano
Na quarta-feira, o Vaticano já havia dito que as condições do Santo Padre são estáveis, não tem febre, mas persiste a inflamação pulmonar associada a problemas respiratórios.
Falando em geral sobre a saúde, considerando o público que estava à sua frente, o líder da Igreja Católica enfatizou que "uma saúde mal cuidada dá lugar à fragilidade". "Gosto muito da medicina preventiva, porque previne antes que os acontecimentos cheguem".
Na sequência, Jorge Bergoglio reforçou a necessidade de zelar pelo bem-estar da pessoa e "não apenas procurar soluções médicas ou farmacológicas".
– A saúde tem uma coisa oposta, é forte e frágil. Que saúde ele tem, como ele aguenta, quão forte, mas também é frágil – disse o Papa aos participantes do seminário.
Por fim, ele pediu desculpas pelo breve discurso: "Desculpem-me por não poder falar mais, mas não tenho forças".
Apesar do mal estar, o argentino teve uma agenda lotada, acima da média nesta quinta, e também saiu da casa Santa Marta para se dirigir até à Sala Paulo VI para se reunir com os organizadores da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, ocorrida em agosto passado.