Rio de Janeiro, 02 de Novembro de 2024

França inviabiliza assinatura de tratado com Mercosul

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Sábado, 02 de Dezembro de 2023 às 16:04, por: CdB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado logo depois da declaração de Macron e disse achar normal que a França tenha essa opção. Segundo o presidente, o país tem um histórico protecionista. No entanto, disse ele, a União Europeia não pensa o mesmo.


Por Redação, com agências internacionais - de Paris

Presidente da França, Emmanuel Macron inviabilizou, neste sábado, a assinatura do tratado entre a União Europeia e o Mercosul, ao afirmar ser contra a aprovação do acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos. O documento estava em fase final para conclusão e entraria em vigor ainda neste ano, caso fosse aceito por ambos os lados.




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O presidente francês, Emmanuel Macron, recusa-se a assinar o tratado entre a UE e o Mercosul

— Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar — afirmou Macron, em coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu.


O presidente francês disse que o acordo não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele.


— É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas, se me permite. Nos últimos anos, esses acordos foram bastante melhorados — afirmou.


 

Protecionismo


Macron afirmou que o tratado não é bom para nenhuma das partes.


— Devemos pensar num acordo que seja muito mais geoestratégico, muito mais consistente com as nossas estratégias e não mexer num acordo à moda antiga. É por isso que não sou a favor deste acordo. Porque hoje não sei como explicar este acordo a um agricultor, a um produtor de aço, a um fabricante de cimento francês ou europeu — afirmou.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado logo depois da declaração de Macron e disse achar normal que a França tenha essa opção. Segundo o presidente, o país tem um histórico protecionista. No entanto, disse ele, a União Europeia não pensa o mesmo.


A questão é que para entrar em vigor, o acordo de livre comércio precisa ser aprovado pelos parlamentos de todos os países, tanto da União Europeia quanto do Mercosul.



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