Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

França esvazia ocupação de imigrantes 100 dias antes dos Jogos de 2024

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Quarta, 17 de Abril de 2024 às 12:33, por: CdB

Segundo associações de apoio a imigrantes, o prédio abrigava cerca de 450 exilados, sendo a maioria em situação regular na França. A maioria dos desabrigados deixou a área antes da chegada das forças de segurança.


Por Redação, com Poder360 - de Paris


A polícia francesa realizou na manhã desta quarta-feira uma operação para desmontar o maior acampamento ilegal do país. A ocupação estava instalada dentro de um prédio comercial abandonado na comuna de Vitry-sur-Seine, localizada no departamento de Val-de-Marne, ao sul da capital Paris.




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Prédio comercial abandonado fica em Vitry-sur-Seine, ao sul da capital Paris

Segundo associações de apoio a imigrantes, o prédio abrigava cerca de 450 exilados, sendo a maioria em situação regular na França. A maioria dos desabrigados deixou a área antes da chegada das forças de segurança, conforme o Le Monde. Os poucos que restaram saíram pouco depois das 8h no horário local (3h no horário de Brasília).


De acordo com a Prefeitura de Val-de-Marne, cerca de 250 agentes foram mobilizados para a operação.



Jogos Olímpicos


O grupo Le Revers de la Médaille (“O Outro Lado da Moeda”, em tradução livre do francês), que reúne entidades de suporte a pessoas em situação de vulnerabilidade, alerta sobre o destino dos sem-teto, que veem seus acampamentos serem desmontados conforme os Jogos Olímpicos se aproximam.


As instituições relacionam a operação às Olimpíadas, que serão realizadas em Paris de 26 de julho a 11 de agosto. Paul Alauzy, integrante da ONG Médicos do Mundo, afirmou à agência francesa de notícias AFP que “há um ano” os despejos se intensificaram e “as ocupações desmobilizadas ainda permanecem vazias”.


– Estamos despejando chadianos, sudaneses, eritreus, marfinenses, guineenses que têm documentos. São pessoas com contratos (de trabalho) permanentes, mas a quem não queremos alugar apartamentos. A única solução continua sendo a ocupação – afirmou.






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