O Exército afirmou que Muhammad Shaheen era o chefe do departamento de operações do Hamas no Líbano e que recentemente esteve envolvido na promoção de “conspirações terroristas”.
Por Redação, com Reuters e ANSA – de Beirute
As Forças Armadas israelenses disseram ter matado nesta segunda-feira um líder do Hamas na região de Sidon, no sul do Líbano.

O Exército afirmou que Muhammad Shaheen era o chefe do departamento de operações do Hamas no Líbano e que recentemente esteve envolvido na promoção de “conspirações terroristas” com direção e financiamento do Irã a partir do território libanês contra cidadãos israelenses.
Um ataque israelense a um carro na cidade portuária de Sidon, no sul do Líbano, teve como alvo uma autoridade do grupo militante palestino, disseram duas fontes de segurança libanesas à Reuters mais cedo.
A agência de notícias estatal do Líbano informou que equipes de resgate retiraram um corpo do carro, mas não identificaram a vítima.
Os militares israelenses têm realizado ataques contra membros do Hamas, do grupo armado libanês aliado Hezbollah e de outras facções no Líbano, paralelamente à guerra de Gaza.
Esses grupos armados têm lançado foguetes, drones e ataques de artilharia através da fronteira com o norte de Israel.
De acordo com uma trégua intermediada por Washington em novembro, as tropas israelenses tinham 60 dias para se retirar do sul do Líbano, onde realizaram uma ofensiva terrestre contra os combatentes do Hezbollah, apoiado pelo Irã, desde o início de outubro.
Esse prazo foi posteriormente prorrogado para 18 de fevereiro, mas os militares israelenses solicitaram a manutenção das tropas em cinco postos no sul do Líbano, segundo fontes informaram à Reuters na semana passada.
‘Hamas não continuará governando Gaza’, diz secretário norte-americano
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou no domingo em uma declaração conjunta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que o Hamas “não pode continuar sendo a força dominante” na Faixa de Gaza.
– Trump deixou bem claro que o Hamas não pode continuar como um governo ou uma força militar e, francamente, enquanto ele continuar sendo uma força que pode governar, a paz é impossível. Ele tem que ser erradicado – declarou o norte-americano, que viajou até Jerusalém para se encontrar com Netanyahu.
Ainda de acordo com Rubio, o presidente dos Estados Unidos declarou que todos os reféns israelenses devem ser libertados pelo grupo fundamentalista islâmico. Além disso, o secretário avaliou que Trump foi “muito ousado” ao expor sua visão sobre o futuro do enclave, em uma clara referência à proposta do magnata de retirar os palestinos de Gaza.
– Não são as mesmas velhas e cansadas ideias do passado, mas algo novo que exigiu coragem e visão para surgir. Pode ter surpreendido e chocado muitos, mas o que não pode continuar é o mesmo ciclo se repetindo uma e outra vez e terminando exatamente no mesmo lugar – disse Rubio.
Faixa de Gaza
Netanyahu, por sua vez, revelou que discutiu com o colega americano formas de seguir trabalhando juntos para o futuro da Faixa de Gaza.
– Ao contrário de alguns relatos, o presidente Trump e eu estamos trabalhando em total cooperação e coordenação. Temos uma estratégia comum e nem sempre é possível compartilhá-la com o público, inclusive quando os portões do inferno se abrem. E eles se abrirão se cada um dos nossos reféns não for devolvido – ameaçou o premiê.
Em meio a tudo isso, o clima em Gaza voltou a esquentar por causa de um ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) no sul do enclave contra pessoas armadas que se dirigiam às tropas do país. O Hamas declarou que esse bombardeio matou pelo menos dois policiais palestinos que estavam tentando garantir a “entrega de ajuda humanitária na área de al-Shawka”.
O Ministério da Defesa de Israel também anunciou hoje que um carregamento de bombas “pesadas” de fabricação americana chegou ao país.