Coletiva acontece um dia após pronunciamento de Bolsonaro e intenso panelaço em cinco regiões do Brasil
Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília
Durante uma coletiva de imprensa, neste sábado, os ministros da Defesa e Meio Ambiente, Fernando Azevedo e Silva e Ricardo Salles, informaram que os estados de Roraima, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Acre e Pará pediram ajuda do Executivo federal para combater incêndios florestais. Segundo o Ministério da Defesa, cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.
De acordo com Azevendo e Silva, "é importante a adesão dos governos senão nós vamos ficar limitados às áreas federais, que são as unidades de conservação e as terras indígenas. Já é alguma coisa, mas não é o suficiente".
Alvo do Ministério Público e de polêmicas relacionadas às questões climáticas, Salles dissea que os estados terão apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Um helicóptero do Ibama e dois aviões de combate a incêndios serão enviados para Porto Velho.
Os Estados Unidos não estão dando ao Brasil apoio concreto para combater incêndios florestais, apesar da ampla oferta de assistência do presidente norte-americano, Donald Trump, disse neste sábado o ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo.
Não houve mais contatos entre os países em relação aos incêndios além da oferta de assistência de Trump feita em um telefonema ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, disse Azevedo a repórteres em uma coletiva de imprensa.
Pronunciamento de Bolsonaro é marcado por panelaço em várias regiões do Brasil
Na noite de sexta-feira, em meio ao pronunciamento do mandatário neofascista sobre as queimadas na Floresta Amazônica, milhares de pessoas a realizarem um panelaço contra as declarações recentes e o descaso da presidência da República. O panelaço foi acompanhado por gritos de “fora, Bolsonaro”, registrados nas cinco regiões do país enquanto o presidente discursava.
Durante o pronunciamento, Bolsonaro disse que autorizou o emprego de militares na região amazônica para aumentar a fiscalização e atuar no combate às queimadas na floresta, e defendeu que os incêndios não justificam possíveis sanções internacionais.
- Incêndios florestais existem em todo o mundo, e isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais - disse Bolsonaro em curto pronunciamento em rede de rádio e TV.
Mais cedo, Bolsonaro assinou uma autorização preventiva de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite o emprego dos militares para o combate aos incêndios florestais nos Estados da Amazônia legal. Para entrar em vigor, ela depende que cada governador envolvido apresente um pedido de adesão.
- O emprego extensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e outras agências permitirão não apenas combater as atividades ilegais, como também conter o avanço de queimadas na região - disse o presidente.
Diante da forte reação internacional aos incêndios, Bolsonaro ressaltou que “a proteção da floresta é nosso dever”.
Matéria atualizada às 15h17