Jair Renan foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no âmbito da Operação Nexum. A jornalistas, o parlamentar preferiu não comentar os dados financeiros da empresa administrada pelo irmão ao longo do ano passado, que revelam um faturamento perto de R$ 4,5 milhões.
Por Redação - de Brasília
Chamado de ’04’, o filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, movimentou mais de R$ 4,5 milhões ao longo do último ano, em negócios suspeitos no setor da mídia. O empresário de 25 anos, segundo afirmou o próprio irmão mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas redes sociais: “não tinha onde cair morto”.

Jair Renan foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no âmbito da Operação Nexum. A jornalistas, o parlamentar preferiu não comentar os dados financeiros da empresa administrada pelo irmão ao longo do ano passado, que revelam um faturamento perto de R$ 4,5 milhões.
Entre julho de 2021 e julho de 2022, a empresa de mídia denominada RB Eventos e Mídia Eirelli – objeto de inquérito por parte da PCDF – “registrou receitas substanciais, supostamente provenientes de acordos firmados em relação a publicidade e meios de comunicação”, apurou o diário brasiliense ‘Metrópoles’.
Mistério
“Tais quantias são notavelmente expressivas para uma empresa de comunicação relativamente desconhecida no mercado e que, inicialmente, possuía um capital social modesto de apenas R$ 105 mil”, acrescenta o texto.
Embora tenha recebido pagamentos mensais superiores a R$ 300 mil, a empresa encerrou suas operações assim que o pai dele foi derrotado, nas urnas, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A RB esteve ativa de novembro de 2020 até março de 2023, quando Jair Renan transferiu a gestão da empresa para Marcus Aurélio Rodrigues dos Santos. Essa transição ocorreu sob a forma de "doação", sem nenhum montante financeiro envolvido.
Suspeito
Na Operação Nexum, foram executados quatro mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas por suspeitas de crimes relacionados à fé pública e associação criminosa, assim como prejuízos ao Tesouro Público do Distrito Federal. O principal foco da operação é o suposto arquiteto do esquema: Maciel Carvalho, de 41 anos.
O suspeito atuou como empresário de Jair Renan e acumula histórico de atividades criminosas incluindo falsificação de documentos, estelionato, formação de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documentos falsificados e posse ilegal de arma de fogo. Maciel foi detido na quinta-feira, em Águas Claras (DF).