Com este propósito e o discurso de vencer uma “guerra de ideias”, na noite de terça-feira, o filho do presidente Jair Bolsonaro lançou o Instituto Conservador-Liberal (ICL) ao lado do advogado Sérgio Sant’Ana, ex-assessor especial do Ministério da Educação na era Weintraub. Neste ano, os bolsonaristas apanharam nas urnas.
Por Redação - de São Paulo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), caçula do presidente da República conhecido como ’03’, deu a mão à palmatória ao afirmar, em entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta quarta-feira, que “a direita não foi bem nas eleições municipais deste ano e quer evitar repetir os mesmo erros em 2022”. Segundo afirmou, será preciso organizar e melhorar a comunicação.
Com este propósito e o discurso de vencer uma “guerra de ideias”, na noite de terça-feira, o filho do presidente Jair Bolsonaro lançou o Instituto Conservador-Liberal (ICL) ao lado do advogado Sérgio Sant’Ana, ex-assessor especial do Ministério da Educação na gestão de Abraham Weintraub.
No papel
Para uma plateia formada por ministros, secretários, parlamentares, militantes de direita e blogueiros, ’03' afirmou que a ultradireita precisa sobreviver ao pai dele e não se limitar às disputas eleitorais. Neste ano, os bolsonaristas apanharam nas urnas, enquanto partidos de centro, identificados como a “velha política”, se fortaleceram.
— Nessa eleição, vimos pessoas com os mesmos propósitos, os mesmos ideais trocando farpas porque nunca sentaram, nunca tomaram um suco juntos, uma cerveja pra alinhar as ideias. Será que sou eu estou tendo essa percepção? Eu tenho certeza que não. Nós parlamentares estamos na política sabemos que faltaram organização e comunicação. Não é para eleger o Eduardo Bolsonaro não. É para nós fazemos uma base, porque o Jair Bolsonaro não é perene, um dia ele vai morrer e esse movimento tem que continuar — disse Eduardo, ao OESP
Presidente do ICL e um dos participantes na tentativa de formação do partido Aliança pelo Brasil, proposta que Bolsonaro lançou no ano passado e, até agora, não saiu do papel, o deputado paulista admite que a sigla pode sequer acontecer. O plano B, caso a legenda não consiga o registro da Justiça Eleitoral, segundo afirmou, é ingressar em uma legenda que esteja disposta até mesmo a mudar do nome, alternar o estatuto e ceder o espaço pra seu grupo.
— É claro que o sonho é o Aliança e continuamos trabalhando pra isso — concluiu.