O tamanho da bancada define os critérios para as presidências das comissões e as vagas na Mesa Diretora da Câmara em função da proporcionalidade partidária, além de impactar diretamente no financiamento dos partidos.
Por Redação - de Brasília
Embora o próximo Congresso tenha saído das urnas ainda mais conservador do que a atual legislatura, a federação formada pelo PT, PCdoB e PV terá a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 80 deputados eleitos, atrás apenas do PL, partido de Jair Bolsonaro, que conseguiu eleger 99 deputados federais.
O tamanho da bancada define os critérios para as presidências das comissões e as vagas na Mesa Diretora da Câmara em função da proporcionalidade partidária, além de impactar diretamente no financiamento dos partidos, uma vez que a maior parte dos recursos do Fundo Partidário é dividida entre as legendas de acordo com a votação para deputado federal.
O PT, do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que terminou em primeiro lugar no primeiro turno presidencial, ampliou a sua bancada na Câmara e, sozinho, o partido concentra ao menos 68 cadeiras.
Sem-terra
No campo progressista, a federação composta por PSOL, Rede Sustentabilidade e o PCB também aumentou o número de representantes, elegendo quatro deputados a mais do que tem hoje. O crescimento foi puxado pela votação expressiva do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, que recebeu 1,01 milhão de votos e é o deputado federal mais votado em São Paulo, o segundo no país.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) também marca presença na próxima legislatura, em Assembleias Legislativas. Do MST, Marina dos Santos (PT) no Rio de Janeiro; Adão Pretto Filho (PT) no Rio Grande do Sul; Rosa Amorim (PT) em Pernambuco e Missias do MST (PT), no Ceará, estão eleitos.