O secretário disse, ainda, que a pasta está aberta a discutir as medidas adotadas, citando o recuo do governo sobre parte das alterações no IOF ainda na última quinta-feira, apenas horas depois de as mudanças terem sido anunciadas.
Por Redação – de Brasília
Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o especialista em Direito Dario Durigan disse nesta quarta-feira, que a pasta tem ampliado o debate sobre alternativas a pontos específicos das alterações propostas no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durigan participou, nesta manhã, de reunião entre o ministro Fernando Haddad e os presidentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); além de CEOs dos quatro maiores bancos privados do país.

— A Febraban nos traz o impacto das medidas no setor, de maneira legítima, de maneira bem racional, de maneira detalhada. A gente discutiu alternativas também apresentadas pela Febraban, e outras que a gente trouxe para o debate. É natural que a gente avance nesse debate sobre o que poderia ser uma alternativa a itens isolados desse ajuste no IOF — afirmou Durigan a jornalistas, na saída do encontro, do qual participaram os presidentes do Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil e BTG Pactual.
O secretário disse, ainda, que a pasta está aberta a discutir as medidas adotadas, citando o recuo do governo sobre parte das alterações no IOF ainda na última quinta-feira, apenas horas depois de as mudanças terem sido anunciadas. Ao lado de Durigan, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, reforçou que os bancos estão em diálogo com a Fazenda desde a semana passada.
Negociação
Duringan observou, ainda, que o objetivo da reunião foi apresentar os impactos calculados, especialmente no que diz respeito às operações de crédito.
— Nós mostramos para o ministro Haddad e para seus secretários que o impacto é severo, é um impacto para o crédito das micro, pequenas e médias empresas. Nós estamos estimando que, em uma operação que possa ser prorrogada de curto prazo, em até um ano, a gente pode ter um impacto entre três e oito pontos percentuais (na taxa). Isso pode significar, no custo efetivo total de uma operação de curto prazo, uma variação entre 14,5% a 40% do custo efetivo total — adicionou.
O executivo afirmou também que as informações “sensibilizaram” a Fazenda, e que um diálogo foi aberto para construir uma frente de trabalho com participação da pasta e da Febraban para analisar as alternativas.
— Nós temos uma posição contrária ao aumento do IOF, só que, neste momento, criticar seria a parte mais fácil. Nós optamos por um debate construtivo — concluiu.