O Facebook também criou uma subsidiária chamada Calibra, que oferecerá carteiras digitais para salvar, enviar e gastar libras.
Por Redação, com Reuters - de São Francisco
O Facebook divulgou nesta terça-feira planos de lançar uma criptomoeda chamada libra, seu mais recente esforço de uma expansão para ir além das redes sociais na direção do comércio eletrônico e de pagamentos globais.
O Facebook se uniu a 28 sócios de uma entidade sediada em Genebra chamada Libra Association, que administrará sua nova moeda digital a ser lançada no primeiro semestre de 2020, de acordo com materiais de marketing e entrevistas com executivos.
O Facebook também criou uma subsidiária chamada Calibra, que oferecerá carteiras digitais para salvar, enviar e gastar libras. O Calibra será conectado às plataformas de mensagens do Facebook Messenger e WhatsApp, que já possuem mais de um bilhão de usuários.
Libra
A empresa de Menlo Park, na Califórnia, tem grandes aspirações para a libra, mas preocupações com a privacidade do consumidor ou barreiras regulatórias podem apresentar obstáculos significativos.
O Facebook espera que ela não apenas potencialize as transações entre consumidores e empresas em todo o mundo, mas que ofereça serviços financeiros aos consumidores sem acesso a banco.
Não está claro como parlamentares ou reguladores reagirão ao Facebook tomando iniciativa em direção a serviços financeiros através do mundo altamente desregulado das criptomoedas.
O Facebook contatou reguladores nos Estados Unidos e no exterior para falar sobre a futura criptomoeda, disseram executivos da empresa. Eles não especificariam quais reguladores ou se a empresa solicitou licenças financeiras em qualquer lugar.
Engenheiros palestinos
Os engenheiros palestinos que trabalham para a fabricante de chips Mellanox devem dividir US$ 3,5 milhões quando a aquisição da empresa pela Nvidia, desenvolvedora de chips dos Estados Unidos, estiver concluída.
A Mellanox é uma das poucas empresas israelenses que começaram a colaborar com o emergente cenário tecnológico palestino, ignorando o conflito político para explorar um grupo crescente de engenheiros a um custo que dizem ser comparável à contratação de especialistas em engenharia na Índia ou na Ucrânia.
A fabricante de chips ofereceu opções de ações para mais de 100 engenheiros palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza quando os contratou, embora não sejam funcionários permanentes, já que a falta de engenheiros em Israel torna suas habilidades muito procuradas por multinacionais.
Mellanox
A Mellanox diz que seus designers e programadores palestinos, terceirizados pela empresa de software Asal, poderão agora exercer essas opções depois que a aquisição da Nvidia, no valor de US$ 6,8 bilhões, encerrar em 2019 e ganhar coletivamente até US$ 3,5 milhões.
– Estamos muito orgulhosos que eles tem participação, o mesmo que todos os outros funcionários – disse o presidente-executivo da Mellanox, Eyal Waldman, à agência inglesa de notícias Reuters em entrevista.
– Trinta, quarenta mil dólares para um funcionário na Cisjordânia ou em Gaza é muito dinheiro – acrescentou Waldman, observando que o desemprego está em torno de 40%.
O salário médio diário na Cisjordânia é de US$ 28 e apenas US$ 11 em Gaza, de acordo com o Palestine Economic Policy Research Institute.
O presidente-executivo da Asal, Murad Tahboub, disse que 125 de seus 350 funcionários trabalham exclusivamente para a Mellanox, que fabrica produtos que conectam bancos de dados, servidores e computadores, e eles receberam opções para reduzir o aumento da troca de empregos entre os trabalhadores.
A alta tecnologia oferece uma oportunidade única para os palestinos, cujas universidades produziram cerca de 3 mil engenheiros em 2018, disse Tahboub.