Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Exploração de petróleo no mar é arriscado, alertam ambientalistas

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Sexta, 23 de Agosto de 2024 às 19:59, por: CdB

Em decorrência da exposição ao óleo no acidente de 2019, houve danos severos na vida marinha, com contaminação de ecossistemas fundamentais para a reprodução e a alimentação de muitas espécies, como os recifes de corais, áreas de manguezais.

Por Redação, com ACS – de São Paulo

O maior crime ambiental que já ocorreu no Brasil completa cinco anos em 30 de agosto. O derramamento de 5 mil toneladas de óleo na costa do Nordeste, que atingiu até as praias do Sudeste, em 2019, afetou não somente a vida marinha de águas costeiras, manguezais e estuários da região, mas também as comunidades pesqueiras e marisqueiras e povos tradicionais locais. O Greenpeace Brasil trouxe o caso à tona, nesta sexta-feira, para reforçar a necessidade de se interromper a exploração de petróleo em prol de uma transição energética justa e popular.

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O derramamento de óleo em santuários ambientais devasta a natureza

Em decorrência da exposição ao óleo no acidente de 2019, houve danos severos na vida marinha, com contaminação de ecossistemas fundamentais para a reprodução e a alimentação de muitas espécies, como os recifes de corais, áreas de manguezais; além das praias e o mar aberto. Diversas espécies de peixes, crustáceos, tartarugas marinhas, aves e mamíferos aquáticos, a exemplo dos golfinhos, foram afetados.

 

Imensurável

— Nunca esqueceremos o que ocorreu na costa do Nordeste. É essencial que tenhamos legislações eficientes e capazes de coibir a destruição de ecossistemas marinhos e costeiros no Brasil — afirmou Denison Ferreira, porta-voz do Greenpeace Brasil.

Estima-se que o episódio de 2019 tenha afetado mais de 300 mil pessoas, de aproximadamente 130 municípios, cuja subsistência vinha das atividades de pesca, principalmente artesanal. De acordo com dados de órgãos públicos, foram gastos cerca de R$ 188 milhões para a limpeza das praias e oceano. O prejuízo ambiental, no entanto, é imensurável –  o petróleo atingiu mais de 3 mil quilômetros do litoral brasileiro, devastando a fauna e a flora marinhas.

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