A Rússia reconheceu a legitimidade de Nicolás Maduro. Em 23 de janeiro, o presidente eleito da Venezuela rompeu relações diplomáticas e políticas com os Estados Unidos. Na capital do país, Caracas, continuam os violentos protestos antigovernamentais.
Por Redação, com Sputnik - de Caracas
As Forças Armadas da Venezuela, país onde está se desenrolando uma crise política, são hoje um dos exércitos mais capazes na região latino-americana, disse nesta quinta-feira à agência russa de notícias Sputnik Igor Korotchenko, membro do conselho público do Ministério da Defesa da Rússia.
Anteriormente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, advertiu os EUA contra uma ingerência militar nos assuntos da Venezuela, onde hoje se está desenrolando uma grande crise política.
– Graças aos fornecimentos em larga escala de armamentos russos e ao treinamento de especialistas locais para seu uso, o que foi realizado sobretudo ainda no período da presidência de Hugo Chávez e terminado durante o governo de Nicolás Maduro, hoje o exército venezuelano é um dos que possuem maior capacidade de combate na América Latina – disse Korotchenko.
Em 2009 a Venezuela comprou uma grande remessa de armas, usando um crédito russo de US$ 2,2 bilhões (R2$ 7,5 bilhões), que incluiu sistemas de defesa antiaérea Pechora-2M, S-300, Buk-M2EK, mísseis antiaéreos Igla-S, veículos blindados BTR- 80A, tanques T-72B1V e lançadores múltiplos de foguetes Smerch e Grad. Posteriormente, Anatoly Isaykin, que ocupou o cargo de diretor-geral da Rosoboronexport, declarou que a Venezuela é na América Latina o país líder em importação de armas russas. Assim, em meados de 2013, o volume total de contratos assinados era avaliado em US$ 11 bilhões (US$ 41 bilhões). Atualmente as Forças Armadas de Venezuela estão quase totalmente equipadas com material russo. A situação política na Venezuela se agravou após a posse de Nicolás Maduro, reconduzido à presidência em 10 de janeiro deste ano. Os EUA e os países membros do Grupo de Lima, inclusive o Brasil, decidiram reconhecer o presidente da Assembleia Nacional destituída, Juan Guaidó, como presidente interino do país. A Rússia reconheceu a legitimidade de Nicolás Maduro. Em 23 de janeiro, o presidente eleito da Venezuela rompeu relações diplomáticas e políticas com os Estados Unidos. Na capital do país, Caracas, continuam os violentos protestos antigovernamentais.