O almirante Almir Garnier será substituído pelo almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, que hoje comanda as Operações Navais. Depois de divulgado por fontes ligadas ao futuro governo que a troca na força se daria antes da posse, houve divergência no interior do Alto Comando.
Por Redação - de Brasília
Superadas as divergências internas entre as três Forças Armadas, o Exército promoverá a mudança de comando nesta sexta-feira, enquanto a Aeronáutica e a Marinha realizarão a solenidade já no início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A força naval, que chegou a planejar a solenidade para esta quinta-feira, marcou para início de janeiro.
O almirante Almir Garnier será substituído pelo almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, que hoje comanda as Operações Navais. Depois de divulgado por fontes ligadas ao futuro governo que a troca na força se daria antes da posse, houve divergência no interior do Alto Comando.
Instituição com maior contingente e poder de fogo, no entanto, o general Júlio César de Arruda, escolhido por Lula para o comando do Exército, assume na sexta-feira o lugar do general Marcos Antonio Freire Gomes. A missão prioritária do novo comandante será o desmonte dos acampamentos golpistas formados nas portas dos quartéis.
Nomeação
No caso da Marinha, o comandante Garnier chegou a atender ao pedido do futuro ministro da Defesa, José Múcio, para a antecipação da troca para antes da posse de Lula, até quinta-feira, mas, segundo avaliações internas, tal ato poderia causar “ruídos”. Ficou decidido, então, adiar a passagem do bastão na força para o dia 5 de janeiro.
A contragosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou nesta manhã a nomeação do comandante do Exército. O ato foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União (D.O.U). Arruda ocupará o posto como interino até a nomeação definitiva, a ser assinada por Lula já como presidente da República.
A passagem do comando da Aeronáutica, por sua vez, ocorrerá no dia 2 de janeiro. Tomará posse o tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, que assume o posto do atual comandante, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior.
Desmentido
Ainda nesta manhã, o atual comandante da Força Aérea, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, tornou-se alvo da fúria dos bolsonaristas após usar o Twitter para afirmar que “jamais apoiaria rupturas democráticas”, como desejam os radicais da extrema direita no Brasil. Ele foi chamado de "covarde" e "omisso" pelos extremistas.
“Lamentável o espaço e interpretações erradas que este tipo de MENTIRA consegue ocupar na Internet e na mídia dependente de ‘likes’ para sobreviver. Jamais apoiaria rupturas democráticas. O nome do Comandante da Marinha sequer é Carlos Chagas Braga”, resumiu Baptista Júnior ao negar a informação publicada, anteriormente, na mídia brasiliense.