Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Ex-presidente do Barcelona é absolvido do crime de lavagem de dinheiro

Arquivado em:
Quarta, 24 de Abril de 2019 às 10:05, por: CdB

Além de Rosell, também foram absolvidos outros cinco acusados de lavar 20 milhões de euros dessas comissões pagas pelos direitos audiovisuais de 24 jogos da seleção brasileira e de um contrato com a Nike.

Por Redação, com EFE e Reuters - de Madri/Lisboa

A Audiência Nacional da Espanha absolveu o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, após quase dois anos em prisão preventiva, do crime de lavagem de dinheiro em comissões recebidas pelo ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira.
barcelona-1.jpg
Ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell
Além de Rosell, também foram absolvidos outros cinco acusados de lavar 20 milhões de euros dessas comissões pagas pelos direitos audiovisuais de 24 jogos da seleção brasileira e de um contrato com a Nike. São eles: o advogado andorrano Joan Besolí, que assim como Rosell passou 22 meses em prisão preventiva; sua esposa, Marta Pineda; o cidadão libanês Shahe Ohanneissian, amigo de Rosell, e outros dois supostos "laranjas", Pedro Andrés Ramos e Josep Colomer. Na sua sentença, a seção primeira do Tribunal Penal da Audiência Nacional explica "não foi possível comprovar as acusações e, portanto, diante das dúvidas semeadas, deve se sobressair o princípio de 'in dubio pro reo'". Ao término do julgamento e depois que Rosell e seu sócio foram liberados por ordem da Sala, o promotor José Javier Polo reduziu o pedido de pena para o ex-presidente do Barcelona de 11 para seis anos de prisão Após a Promotoria expor diante do tribunal as provas que reuniu, os magistrados apontaram "dúvidas tanto em relação à ilegalidade das comissões (propina) como a respeito das suspeitas apontadas sobre as diferentes sociedades". A Sala questiona o que a acusação classificou de comissões ilegais, que "podem ser retribuições por atividades de negócio não reprovável penalmente". Também foi questionado o que a Promotoria considerava como sociedades de fachada, utilizadas com a finalidade de ocultar dinheiro, que talvez tivessem na prática "uma atividade real". Os magistrados lembram neste ponto que o crime de lavagem de dinheiro requer que ocorra um delito anterior, do qual procede o dinheiro a ser lavado, e, neste caso, entendem que esses antecedentes delitivos não foram comprovados. A acusação da Promotoria estava relacionada com o trabalho de intermediação de Rosell, que foi presidente do Barcelona entre 2010 e 2014, através de sua empresa de marketing esportivo BSM para que a CBF cedesse em 2006 a um grupo audiovisual da Arábia Saudita os direitos de transmissão de 24 amistosos da seleção brasileira por 27 milhões de euros. A Promotoria relaciona os crimes que atribui aos acusados a supostas comissões ilegais que teria recebido o então presidente de CBF, Ricardo Teixeira, pelas quais o dirigente é investigado no Brasil. A este respeito, a sentença considera que o crime antecedente sobre o qual se constrói o de lavagem foi cometido no Brasil, por isso é "fundamental determinar se ocorre o requisito da dupla incriminação", ou seja, que os mesmos atos sejam crime em ambos os países.

João Félix

João Félix, do Benfica, é sem dúvida o jogador jovem mais empolgante a surgir no futebol europeu nesta temporada, mas já se fala sobre onde ele jogará a seguir. Segundo reportagens, praticamente todos os grandes times do continente mostraram interesse pelo jogador de 19 anos, mas ele não precisa olhar longe para ver o que pode dar errado quando uma revelação vai para o exterior cedo demais. Três anos atrás, Renato Sanches causou um impacto semelhante no Benfica, mas sua carreira estagnou após uma mudança precoce para a Alemanha. João Félix só estreou no time principal em agosto, mas já fez 18 gols em 39 atuações em todas as competições. Recentemente ele se tornou o jogador mais jovem a marcar três gols na Liga Europa na vitória de 4 a 2 sobre o Frankfurt, na partida de ida das quartas de final. Ele continuou sua temporada excelente com dois gols e uma assistência no massacre de 6 a 0 sobre o Marítimo na segunda-feira, que colocou o Benfica na liderança do Campeonato Português graças ao saldo de gols melhor que o do Porto. Jogando normalmente atrás do atacante principal, ele tem um ótimo primeiro toque, gosta de enfrentar os zagueiros e tem faro de gol. Embora João Félix tenha contrato até junho de 2023, ele possui uma cláusula de liberação de 120 milhões de euros e, segundo rumores, há vários clubes dispostos a pagá-la, a Juventus tem sido mais mencionada que a maioria. Mas será cedo demais para mudar para um time maior, no qual teria que se adaptar a um novo país e brigar por uma vaga na escalação? Renato Sanches parecia ter o mundo aos seus pés depois de sua estreia impressionante no Benfica e tendo ajudado Portugal a vencer a Euro 2016. Mas tudo mudou quando ele foi para o Bayern de Munique aos 18 anos. Ele teve dificuldade de se afirmar em uma equipe transbordando de talentos de primeira, disputando só seis partidas da liga e só jogando os 90 minutos uma vez. A situação piorou na campanha seguinte, quando foi emprestado ao Swansea City, onde sua confiança desapareceu e ele sofreu uma lesão. Ele voltou ao Bayern nesta temporada, reestreando com brilho, mas só jogou algumas vezes nos últimos dois meses e perdeu sua vaga na seleção portuguesa. O técnico do Benfica, Bruno Lage, acredita que se deve deixar que o talento de João Félix cresça “naturalmente”, e já brigou com a mídia por criticar suas atuações quando ele não marca gols. – João é um rapaz fantástico e tem muito a aprender, técnica e taticamente... e tem que aprender rapidamente que, quando for meramente ‘normal’, será criticado.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo