As denúncias mancharam a modalidade e várias atletas já se manifestaram. Os abusos físicos e psicológicos teriam sido cometidos na Academia de Desio, no norte da Itália, um dos principais centros de treinamento da modalidade do país.
Por Redação, com ANSA - de Roma
As ex-ginastas italianas Nina Corradini e Anna Basta, as primeiras a denunciar os abusos psicológicos de treinadores, participaram da audiência sobre o caso, que começou nesta quarta-feira em Roma.
A primeira a ser ouvida pelos magistrados foi Corradini, já Basta teve a palavra logo na sequência.
– Estou muito serena porque tenho fé na justiça esportiva e espero que o que aconteceu comigo e o que tive que passar não aconteça com outras meninas. Eu só contei a minha experiência, mas as medalhas que conquistei me custaram muito – disse Corradini.
Natural de Roma, a ex-atleta de 19 anos de idade ainda alertou outras mulheres "que tudo o que elas sofreram não está correto". Corradini acrescentou que suas últimas memórias da ginástica rítmica são dolorosas.
Abusos
Em uma nota conjunta, os ministros do Esporte e da Igualdade de Oportunidades, Andrea Abodi e Eugenia Roccella, respectivamente, afirmaram que episódios desse tipo "não devem ser repetidos".
"Não é uma afirmação retórica, mas uma intenção precisa do governo, que interveio com solicitude e já está trabalhando, respeitando os papéis, para que o contraste e sobretudo a prevenção em relação às situações deste tipo, para proteger as pessoas e salvaguardar a integridade do mundo esportivo", diz a nota.
O presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), Giovanni Malagò, destacou que as ações em relação ao caso "avançaram muito rápido".
As denúncias mancharam a modalidade e várias atletas já se manifestaram. Os abusos físicos e psicológicos teriam sido cometidos na Academia de Desio, no norte da Itália, um dos principais centros de treinamento da modalidade do país.