Rio de Janeiro, 25 de Novembro de 2024

EUA tentam humilhar venezuelanos com suposta ‘ajuda humanitária’, afirma Celso Amorim

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Sábado, 23 de Fevereiro de 2019 às 15:11, por: CdB

“A ajuda tem um sentido provocativo, de forçar uma situação paramilitar que leve a uma mudança de regime”, escreveu o diplomata, em seu blog.

 
Por Redação, com agências internacionais - de São Paulo e Genebra
  A ajuda humanitária dos Estados Unidos para a Venezuela é uma provocação e uma tentativa de humilhação ao povo venezuelano, com o objetivo de intervir no país sul-americano e forçar a queda de Nicolás Maduro, observou o ex-chanceler Celso Amorim.
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Celso Amorim critica os EUA pela tentativa de impor seu poder sobre o povo da Venezuela
“A ajuda tem um sentido provocativo, de forçar uma situação paramilitar que leve a uma mudança de regime”, escreveu o diplomata, em seu blog. Celso Amorim comentou, ainda, que essa ajuda humanitária deveria ser imparcial e não para apoiar o líder da oposição. A ajuda chegou por Roraima com anuência do governo Brasileiro. E teria de ser negociada por meio da ONU, ou da Cruz Vermelha, segundo o ex-chanceler.

Amanhã

O governo de Donald Trump nos Estados Unidos tem se empenhado na mudança do regime e Amorim considera essa uma atitude “muito grave”. O líder de oposição na Venezuela, que se autoproclamou governo, Juan Guaidó, “não tem legitimidade, não foi eleito, mesmo que esteja dizendo que vai convocar eleições”. Em recente entrevista ao jornalista Jamil Chade, em Genebra, Amorim faz uma avaliação da política externa do governo de Jair Bolsonaro e alerta para os riscos de uma intervenção americana na Venezuela. — Uma mudança imposta ou estimulada de fora, inclusive com a ameaça do uso da força, é ilegítima e inaceitável. Hoje é lá, amanhã pode ser aqui — conclui o diplomata.
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