Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Estatal do petróleo questiona Bolsonaro sobre interferência

Em suas declarações, durante discurso em Foz do Iguaçu (PR), Bolsonaro lançou dúvidas sobre os contratos de fornecimento de gás da Petrobras devido a reajuste anunciado para a partir de 1° de maio.

Quinta, 08 de Abril de 2021 às 13:55, por: CdB

Em suas declarações, durante discurso em Foz do Iguaçu (PR), Bolsonaro lançou dúvidas sobre os contratos de fornecimento de gás da Petrobras devido a reajuste anunciado para a partir de 1° de maio.

Por Redação - do Rio de Janeiro

A Petrobras disse que enviou questionamentos ao governo sobre declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobre um reajuste de 39% praticado pela estatal no preço do gás natural para distribuidoras. Bolsonaro disse que a medida seria "inadmissível" e que poderia haver mudanças na política de preços da companhia.

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A Petrobras questiona possível intervenção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na direção da empresa

"A Petrobras informa que indagou o seu acionista controlador, por meio do Ministério de Minas e Energia, ao qual a companhia está vinculada, de acordo com a Lei 9.478/1997, sobre a existência de informações relevantes que deveriam ser divulgadas ao mercado", afirmou, em comunicado ao mercado na noite de quarta. "Até o momento, a companhia não recebeu resposta do MME", acrescentou a Petrobras, no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Reajuste

Em suas declarações, durante discurso em Foz do Iguaçu (PR), Bolsonaro lançou dúvidas sobre os contratos de fornecimento de gás da Petrobras devido a reajuste anunciado para a partir de 1° de maio.

— É inadmissível! Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil? — questionou o presidente.

Recentemente, Bolsonaro decidiu retirar Roberto Castello Branco do cargo de presidente-executivo da Petrobras em meio a divergências sobre a política de preços de combustíveis adotadas pela estatal. Ele indicou à posição o general da reserva Joaquim Silva e Luna, que ocupava a diretoria-geral brasileira de Itaipu Binacional.

— Não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preço lá — concluiu.

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