Os dois líderes disseram concordar que nenhum dos governos apoiaria conscientemente o roubo cibernético de segredos corporativos ou informações comerciais.
Por Redação, com Reuters - de Washington
A China tem violado um acordo com os Estados Unidos que visa a impedir a espionagem cibernética por meio da invasão a dados governamentais e corporativos, disse uma importante autoridade da inteligência norte-americana na quinta-feira.
Perguntado se a China estava violando o acordo de 2015 entre o então presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente chinês, Xi Jinping, o oficial da Agência de Segurança Nacional, Rob Joyce, disse: “Nós achamos que eles estão”.
– Embora não seja preto-e-branco, (se a China) cumpriu o acordo ou não, está claro que hoje eles estão bem além dos limites do acordo que foi forjado entre nossos países – disse. Mas Joyce acrescentou que o número de ataques caiu drasticamente desde o acordo.
Ciberespaço
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, rejeitou as alegações durante coletiva de imprensa e disse que Pequim e Washington têm importantes interesses compartilhados no ciberespaço.
– Pedimos que o lado dos EUA pare com suas críticas infundadas à China, e nos ajude salvaguardando conjuntamente o ímpeto de cooperação e comunicação entre os dois países no campo da segurança cibernética – disse Hua.
Em setembro de 2015, Obama anunciou que havia chegado a um “entendimento comum” com o presidente Xi para coibir espionagem econômica, mas ameaçou impor sanções contra hackers chineses que insistissem em cometer crimes cibernéticos.
Os dois líderes disseram concordar que nenhum dos governos apoiaria conscientemente o roubo cibernético de segredos corporativos ou informações comerciais. O acordo, no entanto, ficou aquém de qualquer promessa de se abster da tradicional espionagem cibernética estatal para fins de inteligência.
Neste ano houve um ataque de hackers a um escritório do governo norte-americano, que comprometeu os dados de mais de 20 milhões de pessoas. Autoridades dos EUA identificaram a China como origem dos ataques, mas não disseram se acreditam que o governo chinês é o responsável.