Ao longo dos últimos seis meses, “veículos de mídia da Globo receberam ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom e de ministérios, enquanto a Record foi o destino de R$ 13 milhões.
Por Redação - de Brasília
Um dos veículos de comunicação decisivos para os dois últimos golpes de Estado, no país, o Grupo Globo de Comunicação, de propriedade da família de Irineu Marinho, voltou ao topo da lista de empresas de mídia que concentram a maior parte dos recursos públicos liberados pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR), comandada pelo deputado licenciado Paulo Pimenta (PT-RS).
Ao longo dos últimos seis meses, “veículos de mídia da Globo receberam ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom e de ministérios, enquanto a Record foi o destino de R$ 13 milhões. Outros R$ 12 milhões foram desembolsados ao SBT. Os dados foram extraídos do portal de planejamento de mídia do governo federal, que mostra valores pagos em ações de publicidade já realizadas pela Secom e outros órgãos do governo federal”, divulga o texto do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), endereço da maior parte do dinheiro liberado pelo governo para o segmento de jornais digitais e impressos.
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A Secom não apresenta pagamentos feitos em propagandas de bancos públicos, a exemplo do Banco do Brasil — que usa os serviços de divulgação do Google — e de empresas como a Petrobras. A destinação final dessas cifras, segundo a FSP, é mantida em sigilo mesmo após pedidos baseados na Lei de Acesso à Informação.
“Segundo os dados divulgados pela Secom, a Globo havia recebido valores similares aos principais concorrentes durante a gestão Bolsonaro (2019-2022), com ligeira vantagem para a Record, TV ligada à Igreja Universal do Reino de Deus”, conclui o texto.