Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Espanhóis atiram lama no rei Filipe VI e na rainha Letizia, em protesto

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Domingo, 03 de Novembro de 2024 às 15:17, por: CdB

O incidente ocorreu neste domingo, durante uma visita da comitiva a Paiporta, uma das cidades mais atingidas pela tragédia, enquanto muitas pessoas entoavam gritos de “assassinos”, apesar do cordão de segurança montado pela polícia ao redor das autoridades.

Por Redação, com Ansa – de Valência, Espanha

Moradores da província de Valência jogaram lama e objetos contra o rei da Espanha, Filipe VI; a rainha Letizia; o premiê socialista Pedro Sánchez e o governador conservador da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, em protesto pela devastação provocada pelas inundações da semana passada, na região.

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O rei Filipe VI continuou conversando com a população, mesmo sujo de lama

O incidente ocorreu neste domingo, durante uma visita da comitiva a Paiporta, uma das cidades mais atingidas pela tragédia, enquanto muitas pessoas entoavam gritos de “assassinos”, apesar do cordão de segurança montado pela polícia ao redor das autoridades.

Sánchez e Mazón deixaram o local imediatamente, mas o rei e a rainha, sujos de lama, continuaram conversando com a população para tentar acalmar os ânimos, em meio a um ambiente de frustração generalizada devido à incerteza sobre o real número de mortos e à lentidão na limpeza das zonas afetadas.

 

Segurança

As autoridades ainda visitariam a cidade de Chiva, perto de Paiporta, mas desistiram após os protestos.

“Enquanto caminhava pelas ruas de Paiporta, a comitiva sofreu insultos e agressões de um grupo de pessoas. Alguns lançaram lama e outros objetos. Neste momento, a escolta do presidente do governo ativou o protocolo de segurança”, diz um comunicado do gabinete de Sánchez.

Até o fim desta tarde, o balanço oficial contabiliza 217 óbitos, sendo 213 na província de Valência, três na comunidade autônoma de Castilla-La Mancha e um na Andaluzia. No entanto, o número de desaparecidos ainda é incerto, e há o temor de que muitos corpos estejam presos em locais subterrâneos, como estacionamentos tomados pela lama.

— É previsível que possa haver pessoas falecidas nesses espaços — encerrou o ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente.

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