Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Espanhóis atiram lama no rei Filipe VI e na rainha Letizia, em protesto

O incidente ocorreu neste domingo, durante uma visita da comitiva a Paiporta, uma das cidades mais atingidas pela tragédia, enquanto muitas pessoas entoavam gritos de "assassinos", apesar do cordão de segurança montado pela polícia ao redor das autoridades.

Domingo, 03 de Novembro de 2024 às 15:17, por: CdB

O incidente ocorreu neste domingo, durante uma visita da comitiva a Paiporta, uma das cidades mais atingidas pela tragédia, enquanto muitas pessoas entoavam gritos de “assassinos”, apesar do cordão de segurança montado pela polícia ao redor das autoridades.

Por Redação, com Ansa – de Valência, Espanha

Moradores da província de Valência jogaram lama e objetos contra o rei da Espanha, Filipe VI; a rainha Letizia; o premiê socialista Pedro Sánchez e o governador conservador da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, em protesto pela devastação provocada pelas inundações da semana passada, na região.

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O rei Filipe VI continuou conversando com a população, mesmo sujo de lama

O incidente ocorreu neste domingo, durante uma visita da comitiva a Paiporta, uma das cidades mais atingidas pela tragédia, enquanto muitas pessoas entoavam gritos de “assassinos”, apesar do cordão de segurança montado pela polícia ao redor das autoridades.

Sánchez e Mazón deixaram o local imediatamente, mas o rei e a rainha, sujos de lama, continuaram conversando com a população para tentar acalmar os ânimos, em meio a um ambiente de frustração generalizada devido à incerteza sobre o real número de mortos e à lentidão na limpeza das zonas afetadas.

 

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Segurança

As autoridades ainda visitariam a cidade de Chiva, perto de Paiporta, mas desistiram após os protestos.

“Enquanto caminhava pelas ruas de Paiporta, a comitiva sofreu insultos e agressões de um grupo de pessoas. Alguns lançaram lama e outros objetos. Neste momento, a escolta do presidente do governo ativou o protocolo de segurança”, diz um comunicado do gabinete de Sánchez.

Até o fim desta tarde, o balanço oficial contabiliza 217 óbitos, sendo 213 na província de Valência, três na comunidade autônoma de Castilla-La Mancha e um na Andaluzia. No entanto, o número de desaparecidos ainda é incerto, e há o temor de que muitos corpos estejam presos em locais subterrâneos, como estacionamentos tomados pela lama.

— É previsível que possa haver pessoas falecidas nesses espaços — encerrou o ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente.

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