Xi Jinping, em seu pronunciamento, pontuou que os laços entre China e Brasil transcendem as relações bilaterais, representando um modelo para a solidariedade e a cooperação entre as nações em desenvolvimento.
Por Redação, com Xinhua – de Pequim
Na reunião marcada pelo estreitamento dos fortes laços e cooperação entre o Brasil e a China, o presidente chinês, Xi Jinping, e o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB), reforçaram o compromisso entre as nações. O encontro destacou a crescente importância da parceria estratégica e econômica entre os dois países, enquanto ambos se posicionam em um cenário global em transformação.
Xi Jinping, em seu pronunciamento, pontuou que os laços entre China e Brasil transcendem as relações bilaterais, representando um modelo para a solidariedade e a cooperação entre as nações em desenvolvimento.
— Atualmente, o mundo enfrenta mudanças importantes que não eram vistas há um século. Como países em desenvolvimento e importantes economias emergentes, os laços entre China e Brasil vão muito além das relações bilaterais e são um modelo para promover a solidariedade e a cooperação entre nações em desenvolvimento, e também para a paz e a estabilidade mundial — afirmou o líder chinês.
Confiança
Ao observar que ele e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alcançaram um consenso importante sobre a abertura de novas perspectivas para as relações China-Brasil na nova era, em abril do ano passado, Xi disse que os dois lados, com esforços concertados no ano passado, aprofundaram confiança mútua estratégica, cooperação prática avançada e estreitamente coordenada em ocasiões internacionais, o que não só promoveu o seu respectivo desenvolvimento, mas também salvaguardou eficazmente os interesses comuns dos países em desenvolvimento.
Enfatizando que o mundo está passando por mudanças profundas sem precedentes em um século, Xi disse que a China e o Brasil compartilham amplos interesses estratégicos como grandes países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes, acrescentando que as suas relações vão muito além do âmbito bilateral e são de importância exemplar para promover a solidariedade e a cooperação entre os países em desenvolvimento, bem como a paz e a estabilidade mundiais.
— As duas partes devem compreender a natureza estratégica das suas relações bilaterais, reforçar a natureza mutuamente benéfica das relações, destacar a abrangência das relações e continuar a realizar uma coordenação estratégica mais estreita, de modo a acrescentar novas dimensões à amizade China-Brasil — acrescentou.
Relação
A China se mantém como o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral alcançando US$ 175 bilhões em 2023, de acordo com dados fornecidos pelo governo brasileiro. A relação comercial é marcada pela exportação de semicondutores, celulares e produtos farmacêuticos da China para o Brasil.
Durante a visita, Alckmin participou de um fórum econômico em Pequim, que contou com a presença de quase 200 empresários brasileiros. O vice-presidente destacou o crescente interesse das empresas chinesas em investir no Brasil e o modelo de desenvolvimento chinês. “Para nós, a China é uma inspiração”, disse Alckmin, ressaltando os significativos avanços sociais da China nas últimas quatro décadas. Ele também reforçou o compromisso do presidente Lula com um modelo de “desenvolvimento inclusivo”.
Além das questões econômicas, tanto a China quanto o Brasil têm se posicionado como mediadores no conflito na Ucrânia, rejeitando a imposição de sanções à Rússia. A postura de ambos os países reflete uma visão compartilhada sobre a necessidade de promover a paz e buscar soluções diplomáticas para as tensões globais.