A informação chegou ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, em reunião na manhã desta quarta-feira. Investigações em São Paulo, ainda em andamento, indicam a atuação de empresários e até de prefeituras na organização dos bloqueios de rodovias.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
Empresários bolsonaristas financiaram os atos terroristas e antidemocráticos que começaram poucas horas após a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o que afirmam as procuradorias de Justiça dos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo a partir de investigações sobre os bloqueios nas estradas e as manifestações diante de quartéis das Forças Armadas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição derrotado nas urnas no último dia 30.
A informação chegou ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, em reunião na manhã desta quarta-feira. Investigações em São Paulo, ainda em andamento, indicam a atuação de empresários e até de prefeituras na organização dos bloqueios de rodovias.
Número de PIX
No entanto, os recursos são privados, segundo o procurador-geral do Estado Mário Sarrubbo.
— São empresários que financiam. Nós já temos alguns nomes, mas que não podemos relevar porque estão sendo investigados — afirmou Sarrubbo, a jornalistas.
Segundo a autoridade, “há uma grande organização criminosa”, com funções definidas no fluxo financeiro, que serão investigadas a fundo.
— Financiadores, arrecadadores, há várias mensagens com número de PIX e tudo mais para que as pessoas possam abastecer financeiramente (o esquema criminoso). E a partir daí, nós temos que estabelecer quem exercia qual função. Tem a função financeira, a alimentação. Em São Paulo, a gente percebe ônibus de prefeituras transportando pessoas. Tudo isso está sendo objeto de investigação — denunciou Sarrubo.