Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Em rede social, Bolsonaro divulga vídeo em que chama Dilma de "cafetina"

Presidente da República diz em vídeo que Dilma "escolheu sete prostitutas" para escrever sua biografia com o objetivo de definir a Comissão da Verdade.

Quinta, 08 de Agosto de 2019 às 08:55, por: CdB

Presidente da República diz em vídeo que Dilma "escolheu sete prostitutas" para escrever sua biografia com o objetivo de definir a Comissão da Verdade.

Por Redação, com Agências e ABr - de Brasília O presidente Jair Bolsonaro publicou nesta quinta-feira, em sua conta oficial do Twitter, um vídeo de um discurso que ele teria feito na Câmara em novembro de 2014 quando comparou a ex-presidenta Dilma Rousseff a uma “cafetina que escolheu sete prostitutas” para escrever sua biografia para definir a Comissão da Verdade. “Em novembro/2014 defini a Comissão da Verdade. Hoje, na LIVE das 19hs, a MP que tirou R$ 1 bilhão dos grandes jornais, o roubo de ouro em SP e a verdade sobre o nosso ‘OURO DOS TOLOS'(SIC)”, disse o chefe do Planalto ao compartilhar o vídeo.
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O presidente Jair Bolsonardo vem questionando a veracidade da Comissão da Verdade e coloca Dilma no centro da discussão
No vídeo, Bolsonaro afirma: "Comparo essa Comissão da Verdade que está aí como aquela cafetina, que ao querer escrever sua biografia, escolheu sete prostitutas e o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a Comissão da Verdade de Dilma Rousseff". Lei da Anistia No dia 30 de julho, Bolsonardo disse que que a Lei da Anistia de 1979 seria respeitada e não pretende “mexer no passado”. Perguntado por jornalistas se vai contestar a versão oficial da Comissão Nacional da Verdade (CNV) sobre a morte do advogado Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, Bolsonaro questionou o trabalho realizado pelo grupo. “Você acredita em Comissão da Verdade? Foram sete pessoas indicadas pela Dilma [Rousseff, ex-presidente, que também foi presa durante a ditadura militar]. Não é contestar. Se gastou mais de R$ 5 bilhões, dinheiro público do povo que trabalha para dar para quem nunca trabalhou. Você acha justo que a gente tem que continuar? Eu não pretendo mexer no passado, eu pretendo respeitar a Lei da Anistia de 79”, disse. Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) aponta que o corpo de Fernando Santa Cruz foi transportado da chamada Casa da Morte, um centro clandestino de tortura e assassinato, localizado em Petrópolis (RJ), para a Usina Cambahyba, no norte fluminense, local onde teria sido incinerado, junto com corpos de outros militantes políticos contrários ao governo militar. A informação estaria baseada no depoimento do ex-delegado do DOPS/ES, Cláudio Guerra, em 23 de julho de 2014. Segundo a CNV, Santa Cruz foi preso por agentes do DOI-CODI/RJ em 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro, mas os órgãos oficiais do regime não admitiram sua prisão alegando que o advogado estava foragido. Em julho, Bolsonaro afirmou que o militante de esquerda durante a ditadura militar (1964-1985) foi morto por integrantes da Ação Popular (AP), um grupo de luta armada contra o regime, e não pelas Forças Armadas.
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