Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Em Niterói, pastor evangélico é indiciado por intolerância religiosa

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Quinta, 18 de Abril de 2024 às 14:07, por: CdB

Ao microfone, Valadão disse que "de ontem para hoje tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí, para esses endemoniados de Itaboraí, que o tempo da bagunça espiritual acabou.


Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro


O pastor evangélico Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha, em Niterói, região metropolitana do Rio, foi indiciado na terça-feira pelo crime de intolerância religiosa durante um evento oficial da prefeitura de Itaboraí, ocorrido em maio de 2022. Na ocasião, ao falar no evento, diante do público, Valadão ameaçou acabar com terreiros de umbanda do município e disse que converteria os dirigentes dos centros espíritas da região.




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Pastor Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha

Ao microfone, Valadão disse que "de ontem para hoje tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí, para esses endemoniados de Itaboraí, que o tempo da bagunça espiritual acabou. A igreja está na rua. A igreja está de pé. E ainda digo mais, prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade”.


A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) apurou que. durante as investigações, ao ouvir o vídeo anexado ao inquérito, concluiu que não houve alteração no conteúdo.



Ministério Público do Rio


No relatório encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a polícia informou que ficou comprovada a prática de intolerância religiosa. Na época, ao se defender, Valadão disse que proferiu palavras em defesa da própria fé, acreditando que pessoas de outras religiões de matriz africana poderiam se converter à fé cristã.


Ele explicou ainda que muitos centros de umbanda seriam fechados, porque as pessoas seriam convertidas e que, dessa forma, os templos seriam fechados. Valadão disse ainda que nunca incitou a violência contra centros espíritas ou pessoas devotas de religiões de matriz africana.


A prefeitura de Itaboraí informou à época “que as declarações dos convidados e artistas para as apresentações são de inteira responsabilidade deles. O governo é para todos e não apoia nenhum tipo de intolerância religiosa”. O pastor evangélico participava de evento em comemoração aos 189 anos da cidade,


À Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa do pastor.




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