Segundo levantamento da Associação Contas Abertas divulgado no fim de semana, o orçamento federal previsto para 2023 pelo governo Jair Bolsonaro para gestão de riscos e desastres, como principalmente de São Sebastião e Bertioga, é o menor em 14 anos.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Ex-ministro da Casa Civil e um dos quadros mais respeitados do Partido dos Trabalhadores (PT), o advogado José Dirceu aplaudiu a ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao colocar-se ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB). Segundo Dirceu, a atitude simboliza “a restauração da federação, a restauração democrática” no país.
Segundo levantamento da Associação Contas Abertas divulgado no fim de semana, o orçamento federal previsto para 2023 pelo governo Jair Bolsonaro para gestão de riscos e desastres, como principalmente de São Sebastião e Bertioga, é o menor em 14 anos. Entre os seis municípios que declararam emergência no litoral de São Paulo após as chuvas, apenas Guarujá e Ubatuba receberam recursos federais no ano passado.
José Dirceu, em entrevista à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA) nesta quarta-feira, observou que a situação vivida no carnaval é uma das consequências “da irresponsabilidade da ocupação do espaço, o uso da água, da terra”. Tais situações exigem “união da federação, união de esforços do governo federal, municípios e estados, (que é) como devemos fazer para enfrentar a pobreza, a miséria, a desigualdade” afirmou.
Democracia
Para o militante petista, a união política deve estar presente em um “pacto por reforma tributária”. O governo de centro-esquerda que voltou ao poder tem a responsabilidade de “criar uma continuidade de um programa de reorganização do país, que envolve inclusive a questão urbana”, acrescentou.
O ex-ministro argumentou, ainda, que a transição energética e a questão ambiental são temas decisivos do governo brasileiro e do mundo hoje.
— O próprio capitalismo já reconheceu isso, assim como igualdade de gênero, igualdade racial. Todas as grandes empresas têm essa agenda — pontuou.
Antes de tudo, porém, para José Dirceu “o que marca o governo Lula, em primeiro lugar, é a derrota do golpe, a reafirmação da democracia e a política externa”.
— O Brasil estava isolado no mundo. O Brasil pode e deve retomar integração sul-americana – isso Lula já fez — sublinhou.
Educação
Na opinião do ex-ministro, as viagens de Lula aos Estados Unidos e à Argentina, assim como as previstas à China e Portugal, já “vão demarcando a reinserção do Brasil no mundo”. Outras agendas inadiáveis, acrescentou, são a reindustrialização e a reconstrução de ministérios “destruídos” por Bolsonaro, como o de Ciência e Tecnologia – “o que há de mais importante nos próximos dez anos”.
Segundo Dirceu, outro exemplo de destruição promovida pelo governo golpista de Michel Temer e o de extrema direita de Jair Bolsonaro é a pasta da Educação, um dos alvos preferenciais do ex-presidente.
— O que diferencia o governo do Lula do governo do Temer e do Bolsonaro é que eles abandonaram o projeto de desenvolvimento nacional, abandonaram o Brasil como nação, eles veem o Brasil como um apêndice do mundo ocidental — concluiu.