Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

DH apura morte em estacionamento do Hospital Carmela Dutra

Homem encontrado morto a tiros no estacionamento do Hospital Carmela Dutra, no Rio de Janeiro. Suspeita de execução ligada ao tráfico. Entenda os detalhes.

Quarta, 01 de Outubro de 2025 às 12:48, por: CdB

Segundo a direção do hospital, os disparos foram ouvidos por volta das 8h40 nos fundos da unidade. A vítima seria um homem suspeito de estuprar uma idosa.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

O Hospital Maternidade Carmela Dutra, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, teve o atendimento suspenso na manhã desta quarta-feira após um homem ser encontrado morto a tiros no estacionamento da unidade. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o crime.

DH apura morte em estacionamento do Hospital Carmela Dutra | Hospital Carmela Dutra interrompe atendimentos após investigação de morte
Hospital Carmela Dutra interrompe atendimentos após investigação de morte

Segundo a direção do hospital, os disparos foram ouvidos por volta das 8h40 nos fundos da unidade. A vítima seria um homem suspeito de estuprar uma idosa utilizando uma faca, em um ataque na comunidade Camarista Méier, nas proximidades. De acordo com relatos preliminares, ele teria sido executado por traficantes da região. No entanto, a informação ainda não foi confirmada oficialmente pelas autoridades.

Como medida de segurança, o atendimento foi interrompido imediatamente. Gestantes e profissionais de saúde permaneceram abrigados dentro da unidade até a chegada de agentes do 3º BPM (Méier).

A DHC assumiu as investigações e realizou a perícia no local. Os policiais buscam imagens de câmeras de segurança a esclarecer o crime.

De acordo com a administração, o hospital iniciou a retomada gradual dos atendimentos, ainda com restrições. Algumas pacientes e funcionários precisaram ser transferidos para outras unidades de saúde.

UPA fechada e invasão em hospital

Na terça, em meio a uma guerra entre o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro criminosos armados invadiram a UPA de Costa Barros, na Zona Norte do Rio, e sequestraram dois pacientes.

Em seguida, as vítimas foram liberadas. Uma profissional de saúde gravou a cena sem que os criminosos percebessem. A ação ocorreu na unidade de saúde localizada entre os dois complexos de favela. 

“Vai morrer (…). Que lugar do Chapadão?”, questionou o criminoso. “Eu sou trabalhador”, respondeu um dos pacientes. O episódio ocorreu uma semana após um outro confronto na mesma região. Duas pessoas se feriram e ônibus foram usados para fazer barricadas.

No dia 18, oito milicianos invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na madrugada, para matar Lucas Fernandes de Sousa, de 31 anos, internado após sofrer uma tentativa de homicídio.

De acordo com a Polícia Militar, os criminosos renderam os seguranças do hospital e procuraram o paciente dentro do centro cirúrgico, por volta de 2h40. No entanto, Lucas já havia sido transferido para a enfermaria. Sem encontrá-lo, os invasores deixaram o local.

No dia seguinte, o miliciano que ordenou e participou da invasão, Erlan Oliveira de Araújo, foi encontrado morto. Segundo a Polícia Civil, a execução teria sido ordenada pela própria milícia para impedir que integrante fosse preso durante a investigação.

“A Polícia Civil já havia identificado o criminoso. As diligências da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Baixada Fluminense (DRE-BF) estavam no encalço do grupo, que, diante da iminência da prisão, decidiu executar um de seus integrantes, na tentativa de evitar um confronto com a polícia”, explicou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

O corpo, com várias marcas de tiros, foi encontrado por agentes da especializada na Estrada de Paciência, ao lado de um colete da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) — provavelmente uma falsificação usada no ataque ao hospital.

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