Advogado de Zambelli, Daniel Bialski havia afirmado na semana passada que se ele não recebesse os autos do inquérito até a última sexta-feira, ele orientaria a bolsonarista a permanecer em silêncio.
Por Redação - de Brasília
A pedido da defesa da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), a Polícia Federal (PF) adiou nesta segunda-feira o depoimento agendado para esta segunda-feira, no âmbito do caso sobre o hacker Walter Delgatti Neto e a suspeita de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro deste ano. A PF não informou os motivos para o adiamento e também não definiu, ainda, uma nova data.
Advogado de Zambelli, Daniel Bialski havia afirmado na semana passada que se ele não recebesse os autos do inquérito até a última sexta-feira, ele orientaria a bolsonarista a permanecer em silêncio.
— Se a defesa não tiver vista do caso, chegaremos lá e avisarei que, por minha orientação, ainda que ela queira prestar as informações, ela não vai falar. Pedirei a remarcação da oitiva até a liberação dos dados — diz Bialski à mídia conservadora.
Bolsonaro
A investigação da PF visa saber se a deputada pagou ou não R$ 3 mil ao hacker Delgatti Neto para que ele produzisse um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), entre 4 e 6 de janeiro de 2022. A deputada nega envolvimento no caso, mas existem provas da ligação entre ambos, com envolvimento do presidente à época, Jair Bolsonaro (PL).
Delgatti assumiu autoria de falso mandado contra Moraes. O hacker afirmou que o falso documento serviu como prêmio de consolação para Zambelli. Segundo ele, a deputada havia lhe pedido que hackeasse as urnas eletrônicas e as contas do ministro — o que a deputada também nega, a despeito do discurso que alimenta o descrédito no sistema eleitoral do país.