Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Denúncia sobre ‘fantasma’ em seu gabinete pressiona Hugo Motta

Denúncia sobre funcionária fantasma no gabinete do deputado Hugo Motta revela acúmulo de cargos públicos e irregularidades. Descubra os detalhes.

Sexta, 10 de Outubro de 2025 às 20:19, por: CdB

Figueiredo foi admitida no gabinete de Motta em agosto de 2018 com um salário de R$ 2,8 mil; além de R$ 1,8 mil em auxílio.

Por Redação – de Brasília

A funcionária fantasma mantida pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), passou a acumular outros dois empregos públicos com as funções que deveria exercer no gabinete, mesmo depois de o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP) revelar, em julho, que a suspeita cursava faculdade em período integral “e que chegou a morar em outro Estado enquanto estava contratada para atuar como assessora”, revela a reportagem.

Denúncia sobre ‘fantasma’ em seu gabinete pressiona Hugo Motta | Hugo Motta está às voltas com denúncia de empregar ‘fantasmas’ em seu gabinete
Hugo Motta está às voltas com denúncia de empregar ‘fantasmas’ em seu gabinete

“Louise Figueiredo de Lacerda é médica nas prefeituras de João Pessoa e Alhandra (PB), cidade a 40 km da capital da Paraíba”, apurou a FSP. Ela continuava registrada como secretária parlamentar do presidente da Câmara embora sua exoneração tivesse passado a constar do site da Câmara, após Motta ser questionado por jornalistas da FSP.

 

Carga horária

Figueiredo foi admitida no gabinete de Motta em agosto de 2018 com um salário de R$ 2,8 mil; além de R$ 1,8 mil em auxílio. “Ao todo, recebeu cerca de R$ 240 mil para trabalhar para o deputado desde aquele ano até este mês”, constatou o jornal.

“Desde agosto de 2025, Louise também é contratada pela Prefeitura de João Pessoa como médica, com salário de R$ 9.400 mensais. Ela recebeu o pagamento em agosto e setembro, enquanto manteve o cargo no gabinete de Motta”, apurou o diário paulistano.

Procurado na última quarta-feira, Motta afirmou que Louise já não fazia parte do seu gabinete. O site da Câmara, porém, foi atualizado após a entrevista e agora atesta que a médica trabalhou até a véspera do contato com a reportagem. “O ato de demissão ainda não foi publicado nos boletins administrativos da Câmara”, concluiu.

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