Diante da iminente confissão do criminoso, os parlamentares que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1) optaram por adiar a oitiva agendada para esta quinta-feira, e remarcar o depoimento na tentativa de extrair mais informações do depoente, junto à Comissão.
Por Redação – de Brasília
Cresce no meio político, principalmente entre os parlamentares, a expectativa quanto à possível delação premiada do preso Walter Delgatti Neto, também conhecido como ‘hacker de Araraquara’. Sua atuação deu origem à Operação Vaza Jato, da Polícia Federal (PF), que culminou na renúncia do então deputado e procurador federal Deltan Dallagnol (sem partido) e os processos em série impetrados contra o ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador.

Diante da iminente confissão do criminoso, os parlamentares que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1) optaram por adiar a oitiva agendada para esta quinta-feira, e remarcar o depoimento na tentativa de extrair mais informações do depoente, junto à Comissão.
A delação tem sido cogitada em meio às negociação entre os advogados do hacker e a promotoria.
Militares
A delação premiada do hacker tende a atingir até a cúpula das Forças Armadas. Advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira disse recentemente a jornalistas que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) o teria convocado para compor uma comissão de militares, para supervisionar as urnas eletrônicas.
O hacker teria até participado de uma reunião no Ministério da Defesa e redigido um questionário encaminhado por militares ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o conhecimento do presidente à época.
Uma vez comprovadas as denúncias, Bolsonaro terá sido arrastado de forma definitiva para o centro do escândalo. A comprovação tem tudo para ir além do escândalo e inserir a cúpula militar no debate sobre o apoio ao então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.