O grampo ilegal, em 2016, foi exposto e abriu um amplo debate sobre a legalidade das ações do magistrado na época da operação supostamente anticorrupção que abriu espaço para o fascismo e a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que levou Moro para sua equipe de ministros.
Por Redação - de Brasília
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso recusou levar adiante o recurso apresentado pela União, em que contesta o pagamento de indenização por danos morais, fixada em R$ 50 mil, ao advogado Roberto Teixeira, que atuou na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava Jato.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) havia responsabilizado a União pelo pagamento da indenização, argumentando que a 13ª Vara Federal de Curitiba, então sob comando do ex-juiz suspeito e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, não poderia ter autorizado interceptações telefônicas contra o escritório de advocacia. A decisão do TRF-3 enfatizou a ilegalidade da quebra de sigilo.
O grampo ilegal, em 2016, foi exposto e abriu um amplo debate sobre a legalidade das ações do magistrado na época da operação supostamente anticorrupção que abriu espaço para o fascismo e a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que levou Moro para sua equipe de ministros.
Lava Jato
O STF analisa, ainda, outro pedido de investigação contra Sérgio Moro a pedido do doleiro Alberto Youssef, que ingressou com um pedido para que fosse investigada a manipulação de provas relacionada à Lava Jato. A ação acusa o hoje senador de atuar irregularmente para omitir a existência de um grampo ilegal na cela do doleiro. A ação permanece em sigilo, na Corte Suprema, mas seu teor foi vazado para a mídia conservadora.
Na petição ao STF, a defesa de Youssef juntou depoimentos, relatórios internos da Polícia Federal (PF) e mesmo trechos de decisões de Moro como juiz para fundamentar a investigação.