Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Cuba critica EUA por divulgar notícias falsas sobre luta na Ucrânia

Cuba nega acusações dos EUA sobre tropas cubanas na Ucrânia e revela investigações sobre mercenarismo. Entenda os desdobramentos.

Domingo, 12 de Outubro de 2025 às 16:55, por: CdB

Os relatos de cubanos no campo de batalha surgiram pela primeira vez em 2023, resultando em uma investigação em Cuba.

Por Redação, com Reuters – Havana

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba afirmou, neste domingo, que as alegações dos EUA de que suas tropas estariam lutando na Ucrânia eram infundadas, e divulgou pela primeira vez informações sobre processos legais contra cubanos por atividades mercenárias na guerra na Europa Oriental.

Cuba critica EUA por divulgar notícias falsas sobre luta na Ucrânia | Um homem amarra uma bandeira cubana no telhado da Universidade de Havana após os resultados da votação do projeto de resolução para acabar com o embargo dos EUA
Um homem amarra uma bandeira cubana no telhado da Universidade de Havana após os resultados da votação do projeto de resolução para acabar com o embargo dos EUA

A Cuba comunista tem se posicionado abertamente ao lado de seu aliado, a Rússia, no conflito na Ucrânia, ao mesmo tempo em que pede conversações de paz. Os relatos de cubanos no campo de batalha surgiram pela primeira vez em 2023, resultando em uma investigação em Cuba. Posteriormente, Havana declarou que esses cubanos eram mercenários.

“No período de 2023 a 2025, nove processos criminais foram apresentados aos tribunais cubanos pelo crime de mercenarismo, contra 40 réus”, disse o Ministério das Relações Exteriores, em comunicado.

 

Embargo

“Foram realizados julgamentos em oito casos, dos quais cinco resultaram em condenações contra 26 réus, com sentenças que variam de cinco a 14 anos de prisão. Três processos estão aguardando a decisão da corte, e um caso está aguardando julgamento”, acrescentou o ministério.

A Organização das Nações Unidas está se preparando para votar este mês uma resolução não vinculante que pede a Washington que suspenda o embargo de décadas contra Cuba. A resolução tem sido aprovada na Assembleia-Geral com ampla margem, ano após ano, desde 1992. A Assembleia-Geral adotou a resolução no ano passado, com 187 países votando a favor. Os EUA e Israel foram os únicos países que votaram contra, enquanto a Moldávia se absteve.

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