Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

Cristina Kirchner concorrerá a vice-presidente nas eleições argentinas

Arquivado em:
Sábado, 18 de Maio de 2019 às 13:19, por: CdB

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a ex-presidente diz estar convencida de que essa é a melhor contribuição que ela pode dar ao país.

 
Por Redação, com Ansa - de Buenos Aires
  A senadora Cristina Kirchner abdicou, neste sábado, de sua candidatura a presidente da Argentina nas eleições de outubro. Ela disse que concorrerá ao cargo de vice em uma chapa encabeçada por seu ex-chefe de Gabinete Alberto Fernández.
cristina.jpg
Cristina Kirchner, que já ocupou a Presidência argentina, concorrerá na chapa de ex-chefe de gabinete do falecido marido
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a ex-presidente diz estar convencida de que essa é a melhor contribuição que ela pode dar ao país e que os políticos "devem deixar as ambições e vaidades pessoais de lado”. — Estou disposta a contribuir a partir de um lugar onde possa ser mais útil — declarou Kirchner.

Julgamento

Segundo a ex-presidente, a situação do povo e do país é "dramática" e tão grave quanto aquela que seu falecido marido, o também ex-mandatário Néstor Kirchner, herdou ao assumir o poder, em 2003. — Estou convencida de que essa chapa é a que melhor expressa aquilo de que a Argentina precisa neste momento para convocar os mais amplos setores políticos e sociais — diz a senadora no vídeo. Fernández, 60 anos, é advogado e foi chefe de Gabinete do governo argentino de 2003 a 2008. Ele fará seu primeiro comício como candidato na próxima segunda-feira, na província de Santa Cruz, e no dia seguinte deve acompanhar Kirchner em seu julgamento, na semana que vem. — Reitero que, mais do que ganhar uma eleição, precisamos de homens e mulheres que possam governar uma Argentina que se encontra em uma situação de endividamento e empobrecimento pior que a de 2001 — ressalta a ex-mandatária.

Liderança

A decisão pegou a Argentina de surpresa, inclusive políticos do Partido Justicialista (PJ), já que Kirchner liderava as pesquisas de intenção de voto. "Não tinha nenhuma notícia sobre uma decisão desse tipo", disse o ex-ministro da Defesa kirchnerista Agustín Rossi. A ex-presidente aparecia com vantagem sobre Mauricio Macri em todas as sondagens realizadas em 2019, mas terá pela frente um julgamento por corrupção. Na próxima terça-feira, Kirchner sentará no banco dos réus sob a acusação de beneficiar o grupo Austral, do empresário Lázaro Báez, em 52 contratos para obras públicas.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo