Segundo a comerciante, os policiais chegaram atirando ao entrar na favela onde ela mora e tem um bar, próximo à estação de trem.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
O corpo de Jenifer Cilene Gomes, de 11 anos, baleada com um tiro de fuzil no peito ontem, no Rio, foi enterrado nesta sexta-feira no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A menina foi baleada na quinta, na porta do bar da mãe, Katia Cilene, em Triagem.
Segundo a comerciante, os policiais chegaram atirando ao entrar na favela onde ela mora e tem um bar, próximo à estação de trem.
– Moço, na porta do meu bar, a minha filha ser baleada, até quando isso vai continuar? Os policiais já chegam atirando. Não pode. Minha filha ganhou um tiro de fuzil no peito. Eles já chegam atirando, não querem saber de nada. Foram quatro tiros. Eles já chegam fazendo isso, então a gente nem sabe o que eles procuram. Minha filha estava na porta do meu bar, conversando com quatro crianças. De repente, saíram quatro disparos, e ela virou para mim e disse "'Mãe, eu tô baleada’ – contou Katia, aos prantos.
Versão da PM
A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que, no início da tarde, equipes do 3º BPM (Méier) foram acionadas para checar um roubo de carga no condomínio Morar Carioca, em Triagem. Segundo o comando da unidade, “ao chegarem ao local, os policiais depararam com populares carregando uma criança ferida”, diz a nota.
Na sequência, de acordo com a secretaria, a equipe prestou socorro à menina e a encaminhou para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
Ainda segundo a PM, parte da equipe encontrou um homem baleado carregando uma mochila com entorpecentes e uma pistola calibre 380. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo. mais um homem foi atingido e socorrido por moradores, tendo sido levado para a UPA de Manguinhos.
Segundo o texto, nenhum policial efetuou disparos. “Em ação subsequente, um grupo de moradores tentou impedir o fluxo das vias da região, atirando objetos e lixo nas ruas, porém foram contidos pelos policiais”.