O exército sul-coreano inicialmente descreveu o acontecido como um lançamento de míssil, mas na sequência deu uma descrição mais vaga.
Por Redação, com agências internacionais - de Pyongyang
A Coreia do Norte disparou diversos “projéteis de curta distância não identificados” ao mar de sua costa leste neste sábado, levando a Coreia do Sul a pedir que seu vizinho comunista parasse com “ações que aumentam a tensão militar na península coreana”.
O exército sul-coreano inicialmente descreveu o acontecido como um lançamento de míssil, mas na sequência deu uma descrição mais vaga. O disparo ocorreu após o teste pelo Norte do que chamou de sistema tático de armas de munição guiada, em abril.
Analistas suspeitam que a enxurrada de atividade militar por Pyongyang seja uma tentativa de exercer pressão sobre os Estados Unidos nas negociações para acabar com o programa nuclear do Norte, após reunião em fevereiro que terminou em um fracasso.
Preocupados
A presidência da Coreia do Sul incitou a Coreia do Norte a se abster de novas ações em uma das declarações mais duras desde que ambas as Coreias embarcaram em esforços de reconciliação no início do ano passado.
“Estamos muito preocupados com a última ação do Norte”, disse a porta-voz presidencial da Coreia do Sul em comunicado, acrescentando que a ação viola o acordo militar intercoreano.
“Esperamos que a Coreia do Norte junte esforços ativamente em direção à rápida retomada das negociações de desnuclearização”, afirmou ela, após reunião que contou com a participação do ministro da Defesa do país, além de conselheiros de segurança presidencial e do chefe de inteligência.
Segurança
As negociações instaladas após um segundo encontro entre o líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente norte-americano Donald Trump em Hanoi, em fevereiro, não conseguiram produzir um acordo para acabar com o programa nuclear em Pyongyang em troca de alívio em sanções.
Yang Uk, pesquisador sênior do Fórum de Segurança e Defesa da Coreia, descreveu as ações deste sábado como uma expressão da frustração do Norte.
“É uma mensagem de que o país pode voltar ao modo anterior de confronto caso não haja avanço no impasse”, disse Yang.