Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Comissão Europeia apresenta pacote para combater corrupção no bloco

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Quarta, 03 de Maio de 2023 às 14:54, por: CdB

A própria definição de corrupção será ampliada para contemplar também apropriação indébita, tráfico de influência, abuso de função, obstrução de justiça, enriquecimento ilícito e a tentativa de corrupção (seja ativa ou passiva).


Por Redação, com ANSA - de Bruxelas


A Comissão Europeia apresentou um novo pacote nesta quarta-feira com foco no combate à corrupção pública ou privada nos 27 países-membros do bloco.




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Iniciativa prevê penas mais severas

Assim, todos os governos terão que criar um autoridade específica com padrões comuns para lutar contra o problema e será necessário "harmonizar" as legislações sobre a matéria.


A própria definição de corrupção será ampliada para contemplar também apropriação indébita, tráfico de influência, abuso de função, obstrução de justiça, enriquecimento ilícito e a tentativa de corrupção (seja ativa ou passiva). Até por isso, as penas previstas para o crime serão aumentadas.


– As penas para a corrupção dentro dos Estados-membros variam muito, indo de um mínimo de três meses a um limite de 15 anos – diz a comissária para o Interior, Ylva Johansson, que ressalta que a mesma coisa se aplica para a prescrição, o que vira "um verdadeiro obstáculo".


– Quem comete esses crimes está interessado em escondê-los porque se beneficia. As investigações são complicadas e longas e os criminosos exploram os tempos longos para conseguir as prescrições – pontuou ainda a representante. Agora, a Comissão mira em penas mínimas de "quatro a seis anos" para a prisão para dar instrumentos adequados para as forças policiais combaterem esses crimes, definidos como sérios e graves.


Já sobre todas as prescrições e os agravantes ainda serão debatidos os termos para que os países-membros não tenham diferenças de prazos de maneira acentuada.


Mas, o Executivo já informou que se quem cometer o crime foi um funcionário público, isso será considerado um agravante assim como se o delito for diretamente para beneficiar um país terceiro. No caso dos parlamentares envolvidos, a imunidade deve ser revogada de maneira "veloz" para o correto andamento das investigações.



Serviço de Ação Externa da União Europeia


Também no pacote, o Serviço de Ação Externa da União Europeia (EEAS) propôs a criação de um mecanismo comum para os casos de "graves atos" de corrupção. A ideia é que ele possa ser usado também em países fora do bloco, "independentemente dos locais em que ocorrem". A proposta ainda inclui o uso de sanções contra a nação em que o crime for cometido.


– Nós temos um enorme problema com a corrupção na União Europeia. É uma ameaça à coesão das nossas sociedades e ao funcionamento do nosso estado de direito, em particular, quando se trata de organizações criminosas que não poderiam operar se não fizessem o amplo uso da corrupção – acrescentou ainda Johansson.



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