Na ponta dos esforços para impedir o avanço do Exército russo no leste da Ucrânia está o batalhão Sich dos Cárpatos, uma unidade de ucranianos e estrangeiros que respondeu ao pedido de ajuda de Kiev para enfrentar o invasor.
Por Redação, com Reuters - de Kiev
A apenas um quilômetro das posições russas que defendem a cidade capturada de Izium, no leste, combatentes ucranianos e estrangeiros se escondem em um porão úmido. Artilharia cai sobre eles quase todas as noites, soltando o gesso e enchendo o ar de poeira. Na ponta dos esforços para impedir o avanço do Exército russo no leste da Ucrânia está o batalhão Sich dos Cárpatos, uma unidade de ucranianos e estrangeiros que respondeu ao pedido de ajuda de Kiev para enfrentar o invasor. – Agora é mais uma guerra de artilharia. É uma guerra mais dura, uma guerra mais assustadora, onde apenas pessoas fortes em seu espírito podem lutar – disse Dzvin, comandante de campo do batalhão que pediu para ser identificado por seu nome de guerra por razões de segurança, devido ao seu papel de liderança. Os combatentes afirmam que estão unidos por um compromisso feroz com a Ucrânia, que agora está sendo submetida a um teste punitivo. – Cada um de nossos guerreiros entende que em algum momento eles ficarão cara a cara com um tanque – destacou Dzvin. A unidade recentemente capturou um tanque quase intacto. Mas também precisa lidar com drones russos, chamados de nuvens negras, que ajudam a direcionar fogo de artilharia mortal para suas posições. "Está ficando muito mais difícil aqui. Quanto mais tempo dura, é definitivamente cansativo", disse Conor, um voluntário britânico e ex-médico do Exército servindo na linha de frente. – Eles bombardearam 1h, 2h e 4h da manhã de ontem, então isso obviamente está quebrando nossa rotina de sono. Mas você precisa se manter positivo – explicou.