Ciro rejeita participar de esforço da esquerda contra governo neofascista
Embora o PDT tenha uma leve tendência socialista, no arco da centro-esquerda, Ciro não descartou a possibilidade de disputar uma quarta eleição presidencial, no espectro da centro-direita.
Embora o PDT tenha uma leve tendência socialista, no arco da centro-esquerda, Ciro não descartou a possibilidade de disputar uma quarta eleição presidencial, no espectro da centro-direita.
Por Redação - de São Paulo
Ex-candidato à Presidência da República derrotado ainda no primeiro turno, em 2016, o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta quarta-feira, que não participará de uma frente ampla de esquerda contra o governo Jair Bolsonaro.
— Comigo, nem pensar — disse Ciro, a jornalistas.
Ciro resolveu se ausentar do país, a duas semanas das eleições, "para cuidar da saúde", segundo assessores
Embora o PDT tenha uma leve tendência socialista, no arco da centro-esquerda, Ciro não descartou a possibilidade de disputar uma quarta eleição presidencial, no espectro da centro-direita. Ele quer representar “uma alternativa” entre o PT e o bolsonarismo, segundo afirmou.
— Para não ficar entre o coisa ruim e o coisa pior, escolhe um candidato novo — propõe.
Lula inocente
Ciro também descartou enfaticamente a possibilidade de que em algum momento possa formar uma aliança com o PT.
— Nunca mais andarei com a quadrilha que hoje hegemoniza o PT. Nunca mais andarei com a burocracia do PT. Tenho muito respeito pelo petista médio. Meu problema é com a cúpula corrompida do lulo-petismo. Com essa gente, nem pra ir pro céu — atacou.
Ainda segundo o possível candidato, em 2022, ele não tem dúvidas da suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, na condução dos processos contra Luiz Inácio Lula da Silva, mas acredita que o ex-presidente tenha incorrido nos crimes dos quais foi acusado.
— Que Moro é suspeito, pra mim não há a menor dúvida. Que Lula é inocente, absolutamente não tenho qualquer dúvida de que ele não é. Qual brasileiro de boa fé dúvida que Moro liderou a Lava-Jato? Não é disso que ele vive? A popularidade dele não veio disso? Nesse passo, ele deixou de ser juiz pra ser um político — concluiu.