O urânio é extraído convencionalmente de fontes rochosas, cujo fornecimento é limitado. Estima-se que os oceanos e mares da Terra contenham aproximadamente 4,5 bilhões de toneladas de urânio, excedendo os depósitos terrestres em mais de mil vezes.
Por Redação, com Sputnik - de Pequim
A criação de um material de fibra de carbono, que extrai efetivamente urânio da água do mar, oferece uma solução promissora para acessar as vastas reservas de urânio deste recurso natural. A invenção anuncia um avanço na tecnologia de extração de urânio e uma nova era para o combustível nuclear sustentável.
Cientistas da Northeastern University em Changchun, China, desenvolveram recentemente uma técnica para coletar urânio da água do oceano, diz a descoberta publicada na revista ACS Central Science.
O urânio é extraído convencionalmente de fontes rochosas, cujo fornecimento é limitado. Estima-se que os oceanos e mares da Terra contenham aproximadamente 4,5 bilhões de toneladas de urânio, excedendo os depósitos terrestres em mais de mil vezes.
Na água do mar, o urânio é encontrado na forma de minúsculas partículas carregadas, que os cientistas chamam de uranila. A extração de uranila da água do oceano é um desafio porque os materiais utilizados não possuem área de superfície suficiente, o que dificulta a captura eficaz de íons de urânio.
Combustível
Uma equipe de pesquisa chinesa desenvolveu, no entanto, um material de fibra de carbono infundido com agentes ligantes distintos. Após o tratamento químico, o material fibroso desenvolve numerosas pequenas cavidades capazes de reter partículas de uranila.
Durante os testes experimentais, este tecido de fibra de carbono demonstrou uma capacidade impressionante de extrair 12,6 miligramas de urânio por grama de água do mar durante 24 dias, superando muitos materiais testados anteriormente.
O avanço é significativo porque apresenta uma abordagem viável para explorar as vastas reservas de urânio dos oceanos para a criação de combustível nuclear. Isto surge na sequência do recente desenvolvimento, por cientistas russos, de um método para remover contaminantes radioativos da água.