A ação é rápida, e antes mesmo do garupa descer da moto, a vítima cai ao chão, dando a entender que os criminosos já chegaram atirando.
Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo
Um ciclista foi baleado e morto na manhã desta quinta-feira na frente do Parque do Povo, no Itaim Bibi, área nobre da Zona Oeste de São Paulo.

Câmeras de segurança mostram Vitor Medrado parado na calçada, por volta das 6h12, aparentemente mexendo no celular, quando é abordado por dois homens em uma moto.
A ação é rápida, e antes mesmo do garupa descer da moto, a vítima cai ao chão, dando a entender que os criminosos já chegaram atirando. Um dos suspeitos vai até a vítima e recolhe algo do chão que, segundo a Polícia, era um celular. Os homens fogem na sequência.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o ciclista foi socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu. O caso foi registrado como latrocínio no 14º DP de Pinheiros.
“Fraude Premiada”
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Investigações Gerais de São José dos Campos (DIG/Deinter 1), deflagrou na terça-feira a operação “Fraude Premiada”, para desmantelar um esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. A operação, que envolve mandatos de busca e apreensão autorizadas pelo Poder Judiciário, busca desarticular uma rede criminosa que explorava jogos de azar e ocultação de recursos ilícitos.
As investigações tiveram início com a utilização de ferramentas avançadas de inteligência policial e diligências investigativas de campo, por meio das quais foram identificados perfis em redes sociais utilizados para a promoção e comercialização de rifas ilegais. O principal investigado realizava sorteios irregulares, promovendo a distribuição de prêmios de alto valor sem qualquer autorização legal. Além disso, apresentava um patrimônio incompatível com sua renda formalmente declarada, ostentando veículos de luxo e um estilo de vida de alto padrão.
Apurou-se que as rifas eram operadas de maneira irregular, configurando contravenção penal. Além disso, a transferência financeira suspeita e os pagamentos realizados por meio de uma empresa intermediária levantaram fortes investidores na prática de lavagem de dinheiro. Os valores movimentados, incompatíveis com a renda do investigado, sugerem que o esquema visava ocultar a origem ilícita dos recursos encontrados.
Outro ponto foi a descoberta de que os ganhadores das rifas eram, em sua maioria, amigos do investigado, o que sugere a manipulação dos sorteios para beneficiários indivíduos ligados ao esquema criminoso. Esse elemento reforça a ideia de que o sistema de rifas não apenas explorava as apostas ilegais, mas também era operado de maneira fraudulenta.
Durante a operação, foram cumpridos oito mandatos de busca e apreensão em residências de investigados e sedes de empresas envolvidas, com apreensão de documentos, aparelhos eletrônicos, veículos de luxo e valores em espécie. Esses materiais passarão por uma análise detalhada para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos
Com a continuidade da apuração, os policiais buscam identificar a real extensão da organização criminosa e mapear suas ramificações, com o objetivo de desarticular totalmente o esquema de exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro.