A China não comentou sobre a zona de exclusão aérea, mas a Coreia do Sul, que também foi informada sobre os planos, disse que foi devido à queda de um objeto relacionado a um veículo de lançamento.
Por Redação, com Reuters - de Pequim
A China proibirá embarcações a partir de uma área perto de Taiwan no domingo por causa da possibilidade de queda de destroços de foguetes, disse sua agência de segurança marítima nesta quinta-feira, enquanto o Japão buscava detalhes de Pequim sobre uma zona de exclusão aérea relatada para o mesmo local.
A China não comentou sobre a zona de exclusão aérea, mas a Coreia do Sul, que também foi informada sobre os planos, disse que foi devido à queda de um objeto relacionado a um veículo de lançamento.
A interrupção ocorre durante tensão na região sobre os exercícios militares chineses perto de Taiwan, uma demonstração de força em resposta a uma reunião na semana passada em Los Angeles entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.
A China considera Taiwan como seu próprio território e se opõe a qualquer interação entre a liderança taiwanesa e autoridades estrangeiras. Taiwan rejeita as reivindicações de soberania da China.
O governo de Taiwan confirmou na quarta-feira uma reportagem da agência inglesa de notícias Reuters de que a China estava planejando impor uma zona de exclusão aérea de 16 a 18 de abril, quando o Japão sediará uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7, mas depois disse que a China reduziu o plano para apenas 27 minutos na manhã de domingo, depois que Taipé protestou.
A zona de exclusão aérea afetará cerca de 33 voos, informou a Agência Central de Notícias oficial de Taiwan, citando o ministro dos Transportes da ilha, Wang Kwo-tsai.
Em um breve comunicado, a Administração de Segurança Marítima da China divulgou as coordenadas para a zona, dizendo que a entrada de navios foi proibida das 9h até 15h no domingo, pois "pode haver destroços de foguetes caindo".
As coordenadas correspondem a uma área retangular a nordeste de Taiwan, com o ponto mais próximo a 118 km de Taiwan, ilustrado em um mapa divulgado pelo Ministério dos Transportes de Taiwan na noite de quarta-feira.
Ilha japonesa
A área fica a noroeste da ilha japonesa de Ishigaki e perto de um grupo de ilhotas disputadas no Mar da China Oriental que o Japão chama de Senkaku e a China de Diaoyu.
Uma autoridade graduada de Taiwan, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizada a falar com a mídia, disse à Reuters que a China não mudou seu aviso anterior de 27 minutos de restrições de voo no domingo e que a nova determinação abrange apenas navios, não aeronaves.
O Japão buscou uma explicação da China na quarta-feira sobre o que estava acontecendo, disse seu secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno.
– O governo continua coletando e analisando informações detalhadas, incluindo a comunicação com o lado chinês, e tomará as medidas apropriadas com base nos resultados – afirmou Matsuno em um briefing.
O Ministério das Relações Exteriores da China se recusou a comentar.