Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Cerco se fecha sobre Moro quanto à participação dos EUA na Lava Jato

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Sexta, 05 de Maio de 2023 às 15:27, por: CdB

No dia 18, com agenda tomada por seis atividades ao longo daquela segunda-feira, duas foram dedicadas a encontros com membros do Federal Bureau of Investigation (FBI, a Polícia Federal norte-americana); além de uma com representante da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês).


Por Redação, com Agência Sportlight - de Brasília

Uma equipe do FBI foi destacada para ficar “à disposição” dos integrantes da ‘Operação Lava Jato’. É o que revelam os relatórios oficiais das viagens de Sérgio Moro quando ocupava o cargo de ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), obtidos pela agência brasileira de notícias Sportlight de Jornalismo pela da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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Ex-juiz suspeito e incompetente Sergio Moro é alvo de investigação


Entre os dias 17 e 20 de março de 2019, Sérgio Moro esteve em Washington como parte da missão oficial que integrou a visita presidencial aos Estados Unidos. Sua agenda era de “reuniões e encontros com autoridades governamentais dos Estados Unidos, conforme noticiou o Correio do Brasil, à época.

No dia 18, com agenda tomada por seis atividades ao longo daquela segunda-feira, duas foram dedicadas a encontros com membros do Federal Bureau of Investigation (FBI, a Polícia Federal norte-americana); além de uma com representante da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês). De acordo com o relatório do ministro, ao meio-dia, o FBI, através da “chefe de operações internacionais”, Rhouda Fegali, ofereceu um almoço para Sérgio Moro.

Participação


O relatório faz a primeira menção a participação do FBI no Brasil através dos agradecimentos de Sérgio Moro aos “trabalhos já realizados”. Às 17h, o agora senador pelo União Brasil (PR) se reuniu com o diretor do FBI, Christopher Wray.

É quando então acontece a fala que atesta oficialmente a participação do FBI de forma sistematizada na Lava Jato. Pelo relato de Sérgio Moro, o FBI destacou “uma equipe para ficar à disposição do Brasil para os trabalhos”.

Participação descrita assim por Sérgio Moro no relatório: “A Diretora do DRCI agradeceu o FBI os trabalhos levados a cabo para a operação Lava Jato, ressaltando a importância da iniciativa de terem destacado uma equipe para ficar à disposição do Brasil para os trabalhos, momento em que os norte-americanos expressaram a relevância da operação para o Brasil e para vários países da América Latina”.

Documentos


O DRCI ao qual Sérgio Moro se refere no relatório é a “diretoria do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional”, parte do Ministério da Justiça. Todo pedido de cooperação deve obrigatoriamente passar pelo Ministério da Justiça, através do DRCI.

O que explica o fato do relatório de viagem do ministro Sérgio Moro falar em agradecimento por parte do DRCI na reunião. No entanto, os documentos via LAI mostram que nessa viagem em que era parte da comitiva presidencial, o ministro tinha apenas um integrante próprio de sua pasta: Georgia Renata Sanchez Diogo, que era coordenadora-geral de assuntos internacionais da assessoria especial internacional.

Sérgio Moro foi ministro da justiça do governo Bolsonaro entre 1º de janeiro de 2019 e 24 de abril de 2020. Nesse período, viajou 10 vezes para o exterior, sendo 3 para os Estados Unidos, o país mais visitado por ele. Em duas dessas ocasiões, teve agendas oficiais com representantes do FBI.

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