Em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, embora ainda receba o soldo e pertença à tropa, Mauro Cid consta na lista de tenentes-coronéis em avaliação durante a temporada de promoções em curso.
Por Redação - de Brasília
O Comando do Exército terá que definir, nas próximas semanas, qual será o destino da carreira do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então mandatário neofascista, Jair Bolsonaro (PL). Além do depoimento prestado na tarde deste segunda-feira à Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito que apura o nível de envolvimento dele e de Bolsonaro na trama golpista do 8 de Janeiro, Cid é alvo da avaliação de seus superiores para uma promoção.
Em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, embora ainda receba o soldo e pertença à tropa, Mauro Cid consta na lista de tenentes-coronéis em avaliação durante a temporada de promoções em curso. A comissão responsável por essa análise apresentará seu relatório até o fim de abril. Setores da mídia conservadora especulavam, nesta manhã, sobre a possível promoção de Cid, apesar da situação jurídica em que se encontra.
Fim de linha
Para a jornalista Malu Gaspar, do diário conservador carioca O Globo, “na cúpula da Força há uma discreta torcida para que Cid seja indiciado pela Polícia Federal ou denunciado pelo Ministério Público Federal antes do final das avaliações – o que extinguiria qualquer possibilidade de apelação ou de pressão da ala mais radical da ativa e da reserva”.
Apesar dos fatores que envolvem tal decisão, dois generais consultados pela colunista acreditam que Mauro Cid provavelmente será excluído da lista de promovidos nestes próximos meses.
— A carreira do Cid acabou — disse um dos generais à colunista, refletindo a incerteza que paira sobre o futuro do tenente-coronel no Exército Brasileiro.