Rio de Janeiro, 15 de Março de 2025

Campos Neto reforça intenção de elevar juros, mais uma vez

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Sexta, 22 de Abril de 2022 às 08:29, por: CdB

Em apresentação em reuniões com investidores, nesta manhã, Campos Neto avaliou que "o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais", e que "persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide".

Por Redação, com agências internacionais - de Washington
Presidente do Banco Central, o economista Roberto Campos Neto afirmou, nesta sexta-feira, que o Comitê de Política Monetária (Copom) estará pronto para ajustar o tamanho de seu ciclo de aperto no crédito, com aumento ainda maior nas taxas de juros, em caso de novos choques inflacionários, ainda mais persistentes.
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Presidente do Banco Central, Campos Neto também preside o Conselho de Política Monetária (Copom), que regula a taxa de juros oficial do país (Selic)
Em apresentação em reuniões com investidores organizadas pelo Bank of America e pela XP Investimentos, nesta manhã, Campos Neto avaliou que "o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais", e que "persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide". Campos Neto, que está em Washington para reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, também repetiu previsões anteriores de que o Banco Central elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual em sua próxima reunião, ante patamar atual de 11,75%. — O Copom ressalta que seus futuros passos de política monetária poderão ser ajustados para garantir a convergência da inflação para suas metas e dependerá da evolução da atividade econômica, no balanço de riscos e nas expectativas e projeções de inflação para o horizonte relevante à política monetária — acrescentou.

Economia verde

O executivo já havia adiantado, na semana passada, que o BC estaria disposto a avaliar o cenário de política monetária, depois que a divulgação da maior alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para março em 28 anos turbinou apostas no mercado de que o ciclo de aperto iniciado em 2021 não será encerrado no próximo mês, como o presidente da autarquia chegou a indicar, anteriormente. Na apresentação divulgada pelo BC, Campos Neto disse que o choque de oferta do conflito na Ucrânia tem potencial de exacerbar as pressões inflacionárias tanto em países emergentes quanto desenvolvidos, e afirmou que o impacto de curto prazo da crise energética decorrente da guerra envolve desafios elevados para transição a uma economia verde.
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