Entre os aliados do ‘Centrão’, predomina também a leitura atual de que a campanha não conseguiu descolar a ação de Jefferson da imagem do candidato. Na definição da ala que não gostou da estratégia, foi uma reação atrapalhada.
Por Redação - de Brasília
A campanha do mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) vive seus piores momentos, na reta final da eleições. “Com números internos que confirmam a dianteira de Lula, a cúpula do comitê bolsonarista registra profundas divergências internas quanto às estratégias adotadas nesta reta final da disputa presidencial”, informa o jornalista Rodrigo Rangel em sua coluna no jornal Metrópoles.
“Os últimos lances da crise envolvem a reação ao episódio dos tiros e granadas disparadas pelo aliado Roberto Jefferson contra policiais federais no domingo e a ‘denúncia’ de que rádios estariam deixando de veicular a propaganda de Bolsonaro”.
Factoide
Ainda segundo o jornalista, chefes de partidos do chamado ‘Centrão’ que costumam ser consultados no comitê de Bolsonaro “dizem que foram pegos de surpresa com a iniciativa do ministro Fábio Faria (Comunicações), que fez o pronunciamento ao lado de Fábio Wajngarten, ex-secretário do Planalto e conselheiro de Bolsonaro, considerando o episódio como ‘factoide”, sem nenhuma questão de esconder o descontentamento.
Entre os aliados do ‘Centrão’, predomina também a leitura atual de que a campanha não conseguiu descolar a ação de Jefferson da imagem do candidato. Na definição da ala que não gostou da estratégia, foi uma reação atrapalhada.
“O curto-circuito tem um pano de fundo que, em público, os bolsonaristas não admitem: o pessimismo com os números. Os trackings da campanha confirmam as pesquisas que mostram que Lula está em vantagem e que, nessa toada, a tendência é que Bolsonaro perca as eleições”, conclui.