Os deputados Daniel Soranz (PSD-RJ) e Ana Paula Lima (PT-SC) assinam o requerimento para ouvir Mauro Cid a respeito das denúncias a que responde, na Justiça. O pedido foi levado ao Protocolo da Casa, nesta tarde, para ser entregue à Presidência da Comissão.
Por Redação - de Brasília
A prisão do ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, no âmbito da Operação Venire, na manhã desta quarta-feira, mobilizou os integrantes da Comissão de Saúde da Câmara para viabilizar a convocação do militar para depor ao colegiado sobre as fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19, investigadas pela Polícia Federal (PF). Bolsonaro negou que tenha alterado, propositalmente, seu certificado de vacina.
Os deputados Daniel Soranz (PSD-RJ) e Ana Paula Lima (PT-SC) assinam o requerimento para ouvir Mauro Cid a respeito das denúncias a que responde, na Justiça. O pedido foi levado ao Protocolo da Casa, nesta tarde, para ser entregue à Presidência da Comissão, exercida pelo deputado Zé Vitor (PL-MG), aliado ao ex-mandatário neofascista.
Acordo
Os parlamentares justificam o pedido, que ainda precisará ser aprovado em Plenário, na Comissão de Saúde, os parlamentares afirmam que a possível falsificação dos certificados compromete a credibilidade do Brasil ante a comunidade internacional e os protocolos sanitários contra a covid-19.
Uma vez aprovada, a convocação tem caráter obrigatório e demandará um acordo com o Judiciário para que Mauro Cid, mesmo preso, possa comparecer ao depoimento. Quem assina a ordem de prisão contra ele é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes é, ainda, o relator dos processos contra Bolsonaro no âmbito das investigações sobre a disseminação de notícias falsas contra as vacinas e a pandemia que causou a morte de mais de 700 mil brasileiro, ao longo dos últimos anos.