Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Brics termina com declaração política morna e promessas de investimento

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Quinta, 14 de Novembro de 2019 às 08:57, por: CdB

Pela manhã, os líderes fizeram as fotos oficiais e se reuniram para uma sessão fechada, sem acesso da imprensa. Depois, seguiram para a sessão plenária, aberta e com transmissão ao vivo.

 
Por Redação, com Ansa - de Brasília
  Os líderes políticos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul reuniram-se, nesta quinta-feira, para o segundo e último dia da 11ª Cúpula dos Brics. O encontro, que tem o presidente Jair Bolsonaro como anfitrião, aconteceu no Palácio do Itamaraty, e contou com a participação de Vladimir Putin, Narendra Modi, Xi Jinping e Cyril Ramaphosa.
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Os presidentes da China, Rússia, Brasil, Índia e África do Sul aparecem na tradicional foto do encontro, de mãos dadas
Pela manhã, os líderes fizeram as fotos oficiais e se reuniram para uma sessão fechada, sem acesso da imprensa. Depois, seguiram para a sessão plenária, aberta e com transmissão ao vivo. Em seguida, os chefes de Estado e de Governo dos Brics encontraram um grupo de investidores durante a reunião do Conselho Empresarial e do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês). Os líderes empresariais dos países do grupo apresentaram uma lista de 23 recomendações, que abrangem a facilitação de comércio, o fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (com investimentos em energia limpa e em países fronteiriços do bloco), o desenvolvimento de competências profissionais e acordos de cooperação em 10 setores, entre os quais indústria 4.0, biotecnologia e infraestrutura.

Banco de Desenvolvimento

Instalado em 2015, com sede em Xangai, na China, o Novo Banco de Desenvolvimento tem como objetivo ser uma fonte alternativa de financiamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial. O capital da instituição foi formado com US$ 10 bilhões de cada membro dos Brics, totalizando US$ 50 bilhões, mas o banco está aberto a receber países de fora do grupo como sócios. A representação do NDB no Brasil, com sede em São Paulo, e o escritório em Brasília foram inaugurados durante a cúpula. Para o final do encontro, um grupo de diplomatas redigia a declaração conjunta, que tem sido chamada de "Declaração de Brasília”. O texto, trabalhado há semanas, aborda temas como as mudanças climáticas e pontos sensíveis da geopolítica mundial. De acordo com fontes locais, foram evitados, propositalmente, temas de cunho político-ideológico, em face da proximidade entre Bolsonaro e o atual presidente dos EUA, Donald Trump. Protecionismo Em seu discurso, no encerramento do encontro, o presidente da China, Xi Jinping, disse que o protecionismo, o unilateralismo e as diferenças dos sistemas de governança são motivos de preocupação. Xi acrescentou que a globalização econômica está enfrentando contratempos. – Precisamos nos levantar ante o protecionismo e defender o sistema multilateral da OMC – afirmou.

Agenda

Após cumprir os compromissos na cúpula dos Brics, Bolsonaro manteve duas reuniões bilaterais, ainda nesta quinta-feira, com o presidente russo e com o presidente sul-africano, ambas no Palácio do Planalto. Ao longo do primeiro dia oficial da cúpula dos Brics, na véspera, Bolsonaro manteve encontros oficiais com o líder chinês, Xi Jinping, e com o premier indiano, Narendra Modi.
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