As obras poderão ser vistas em 120 salas de cinema, centros culturais e cineclubes universitários no Brasil inteiro, mas também estarão disponíveis por streaming em uma plataforma no site oficial do evento.
Por Redação, com ANSA – de Brasília
Em meio às celebrações pelos 150 anos de imigração entre Itália e Brasil, mais de 80 cidades espalhadas por todas as regiões do país recebem entre 7 de novembro e 8 de dezembro a 19ª edição do Festival de Cinema Italiano.
A programação é gratuita e inclui 29 produções do “Belpaese”, com uma seleção de 17 filmes contemporâneos e uma retrospectiva com 14 clássicos para homenagear o “humor do cinema italiano”, em um cardápio que vai de “Totò a Roberto Benigni”.
As obras poderão ser vistas em 120 salas de cinema, centros culturais e cineclubes universitários no Brasil inteiro, mas também estarão disponíveis por streaming em uma plataforma no site oficial do evento.
Entre os destaques está o filme inédito Toquinho: Encontros e um Violão, dirigido pela curadora e diretora do festival, Erica Bernardini, e que foi escolhido pela Embaixada da Itália para comemorar os 150 anos da imigração. A obra narra a ligação do artista brasileiro com o país europeu, tanto na vida pessoal como profissional.
– O documentário foi escolhido pela Embaixada para celebrar essa união cultural entre Brasil e Itália, que produz pessoas especiais como Toquinho – disse Bernardini em entrevista à agência italiana de notícias ANSA, acrescentando que “a excelência italiana está em tudo”.
A programação também conta com a comédia que teve a maior bilheteria na Itália em 2024, Um mundo à parte, de Riccardo Milani, marido da atriz e cineasta Paola Cortellesi; o longa Romeu e Julieta, de Giovanni Veronesi; o recém-finalizado Hey Joe, de Claudio Giovannesi; Mia, de Ivano De Matteo; o Penitente, dirigido por Luca Barbareschi; E se o meu pai, da estreante Solange Tonnini; A alma em paz, de Ciro Formisano; e Laf, de Michele Riondino, entre outros.
Também haverá uma homenagem ao diretor italiano Matteo Garrone com a exibição do longa Io, Capitano (Eu, Capitão, em português), que narra a história de dois irmãos que empreendem uma aventura épica para deixar Dakar, no Senegal, em direção à Europa. “É um filme que trata de um tema muito complicado. A abordagem dele é tão atual que o nosso festival não podia deixar de prestar essa homenagem. Não só por esse filme, mas pela carreira que Garrone está fazendo”, destacou Bernardini.
“Belpaese”
O festival ainda terá uma retrospectiva para celebrar a tradição cômica da sétima arte do “Belpaese”, com uma seleção de 12 filmes que marcaram épocas e estilos desde 1950 até eras mais recentes. “A comédia é um gênero que faz parte da história do cinema italiano e o torna conhecido”, explicou Bernardini, ressaltando que as produções abordam “assuntos políticos e sociais como só os italianos sabem fazer: com sátira”.
Por ocasião da 19ª edição do evento, a organização lançou um manifesto em homenagem a todas as mulheres do mundo, que são “modernas, donas dos próprios ideais, do seu próprio corpo, do próprio futuro, além de resilientes, fortes, inteligentes”. “É uma rica homenagem à mulher que não é a atriz, a diretora, mas a protagonista de muitas histórias”, concluiu Bernardini.
O festival é organizado pela Câmara Italiana de Comércio de São Paulo (Italcam), com apoio da Embaixada da Itália e do Ministério da Cultura do Brasil.